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A combinação de trigo e uvas é mais frequentemente usada para representar os elementos da refeição da comunhão, também chamado às vezes de Eucaristia. Este ritual recria e homenageia a última refeição que Jesus teve com seus discípulos antes de sua crucificação e morte. É também usado como uma representação de uma colheita proveitosa e para simbolizar abundância.
A última ceia
Na primeira carta de Paulo aos Coríntios (11:23-26), ele escreve o relato da última ceia que Jesus comeu com seus discípulos: "o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim. Assim, todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice lembrais a morte do Senhor, até que venha." Estas palavras remetem a vários ensinamentos do evangelho de Jesus sobre ser o Pão da Vida e da vinha que produz bons frutos.
O trigo
Em muitas culturas, o pão, sob qualquer forma que seja encontrado, é considerado um requisito básico para a vida. Embora o pão possa ser feito de muitos tipos diferentes de cereais, o tipo mais comum na região onde Jesus viveu foi o feito com farinha de trigo. No evangelho de João, Jesus referiu-se ao maná que Deus forneceu aos israelitas quando Moisés os conduziu para fora do Egito. Ele lembrou às pessoas que os israelitas comiam este pão que desceu do céu, e eles morreram mesmo assim. Jesus então disse que Deus o enviou do céu para ser como aquele pão, mas por consumi-lo, o Pão da Vida, seus seguidores terão a vida eterna.
Símbolo do renascimento
Jesus também usou o trigo, e a semeadura dele, em suas ilustrações. Assim como o trigo morre e cresce novamente, Jesus previu que sua morte também acabaria com ele renascendo. Como resultado, um feixe de trigo passou a simbolizar não só o pão que representa o corpo de Cristo, mas também os seus ensinamentos, que fornecem alimento para o espírito humano, assim como o pão fornece alimento para o corpo.
As uvas
O vinho, feito de uvas, era a bebida da época dos tempos bíblicos. Cultivada e produzida por toda a área de Israel antigo, o vinho era consumido por pessoas de todas as idades. Jesus escolheu usar esta bebida, partilhada nas refeições e celebrações, para simbolizar o sangue que ele iria derramar quando fosse pregado na cruz. No entanto, as uvas têm outra significação também.
Vinhas e ramos
Em vários lugares ao longo dos Evangelhos, Jesus faz referência a ele ser o ramo do qual todas as vinhas crescem. Ele também fala sobre seus seguidores como sendo ramos produtivos que dão bons frutos, ao contrário de seus adversários, que são ramos que são murchos e estéreis. A imagem da vinha, usada consistentemete, é simbolizada como um cacho de uvas, o bom fruto da videira, que representa as boas obras que os cristãos fazem no mundo.
Outras tradições religiosas
O cristianismo não é a única religião que encontra significado em trigo e uvas. Nas religiões baseadas em terra, como a Wicca, os frutos da colheita são muito importantes. Elas também são peças tradicionais da celebração de Mabon, o festival da colheita do equinócio de outono. Nesta celebração, a mulher que representa a Mãe da colheita muitas vezes usa um cocar feito de um conjunto de trigo e uvas. Além disso, nos antigos panteões gregos e romanos, Dionísio e Demeter, também conhecido como Baco e Ceres, os deuses da agricultura e da fertilidade, são simbolizados pela videira e pelo trigo.