15 fatos que marcaram a história do futebol brasileiro

Autor: Randy Alexander
Data De Criação: 26 Abril 2021
Data De Atualização: 20 Novembro 2024
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15 fatos que marcaram a história do futebol brasileiro - Artigos
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Introdução

Há mais de um século, o futebol chegou às terras tupiniquins, de forma tímida, trazido por um estudante que retornava ao Brasil. Pouco tempo depois, o novo esporte já se tornava uma febre entre os brasileiros. Logo, o Brasil passou a ser chamado de "país do futebol", não só pelo grande talento dos seus craques, mas também pela paixão que move os torcedores, que param tudo para assistir a um jogo da seleção brasileira ou do seu time. Em todas essas décadas, não faltaram acontecimentos épicos, grandes títulos e frustrações imensas.


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A chegada do futebol

Coube a um estudante paulista, filho de britânicos, a honraria de ser o implantador do esporte bretão em terras tupiniquins. Charles Miller viajou ao Velho Mundo para uma temporada de estudos e, ao retornar a São Paulo, trouxe duas bolas de futebol, uma bomba para enchê-las e um caderno com as regras. Em pouco tempo, ele mobilizou os ingleses que trabalhavam nas multinacionais, que já conheciam a modalidade. Em 15 de abril de 1895, organizou a primeira partida oficial de futebol no Brasil, que reuniu funcionários da Companhia de Gás e da São Paulo Railway.

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O primeiro campeonato

As primeiras experiências com o futebol no Brasil, ainda no final do século 19, deram muitos frutos. Em pouco tempo, passou a ser praticado pelas colônias inglesa e alemã em São Paulo e no Rio de Janeiro. Além dos estrangeiros, os jovens das duas cidades também adotaram a novidade e o número de adeptos cresceu o suficiente para a realização de grandes torneios. Em 1902, foi criado o primeiro campeonato oficial de futebol no Brasil: o Campeonato Paulista. A primeira edição foi vencida pelo São Paulo A.C (nenhuma semelhança com o atual tricolor), que tinha Charles Miller como principal atleta.


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O primeiro grande título da seleção

A seleção brasileira de futebol fez sua primeira partida em 1914, contra a equipe britânica do Exeter City, vencendo por 2 a 0. A partir de então, disputou vários campeonatos. Foi na terceira edição do Campeonato Sul-Americano, em 1919, que o Brasil conquistou seu primeiro grande título, jogando em casa. O torneio reuniu Uruguai, Argentina e Chile. Goleamos os chilenos por 6 a 0 e derrotamos os argentinos por 3 a 1. No entanto, um empate em 2 a 2 com os uruguaios forçou a realização de uma partida-desempate. E veio, enfim, a vitória por 1 a 0.

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Bangu, primeiro time de negros

No final do século 19 e início do século 20, os times brasileiros eram formados maciçamente por estrangeiros, filhos de imigrantes e jovens integrantes da elite. Todos brancos, aliás. A coisa começou a mudar com o surgimento do Bangu Athletic Club, fundado em 1904 por ingleses que trabalhavam em fábricas do Rio de Janeiro. No ano seguinte, veio a revolução: em meio a ingleses, italianos e portugueses, o time passou a contar com um negro, o operário brasileiro Francisco Carregal. Na época, foi um escândalo, mas a atitude pioneira representou um passo para o combate ao racismo no futebol brasileiro.


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A derrota em 1950

A seleção brasileira havia disputado as Copas do Mundo de 1930, 1934 e 1938, obtendo um honroso terceiro lugar na última edição. Por tudo isso, a expectativa foi grande para o mundial de 1950, que foi realizado no Brasil. Os organizadores trataram de erguer o maior estádio do mundo, o Maracanã. Em campo, o time atropelou os adversários, com grandes atuações. Mas, na última partida, veio o drama: o Brasil só precisava de um empate, mas perdeu por 2 a 1, de virada, para o Uruguai, que levantou o troféu. Tudo isso diante de mais de 200 mil torcedores.

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Nasce a Seleção Canarinho

Até a Copa de 1950, o Brasil jogou com camisas brancas e calções azuis. O trauma da derrota na Copa do Mundo de 1950 foi tão grande que a Confederação Brasileira de Desportos resolveu mudar tudo, inclusive o uniforme. Para isso, realizou um concurso, para escolher como seria o novo conjunto. O vencedor foi o gaúcho Aldyr Schlee, que concebeu o uniforme que é utilizado até hoje: camisa amarela com detalhes em verde e calções azuis. Essa combinação de cores fez com que o time ficasse conhecido como Seleção Canarinho. O antigo fardamento ainda foi utilizado em algumas ocasiões.

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O Santos e a Era Pelé

O Santos era um time com dois títulos paulistas quando Pelé começou a jogar pela equipe, em 1956. Dezoito anos depois, ele havia transformado o clube em uma potência do futebol. Foram dez conquistas estaduais, cinco nacionais e quatro edições do Rio-São Paulo, além do bicampeonato da Libertadores e o Intercontinental, em1962/63. Fez mais de mil gols pelo clube, alguns antológicos, como o Gol de Placa contra o Fluminense, no Maracanã, em que driblou oito adversários. Para tanto, contou com parceiros extraordinários, como o centroavante Coutinho, o ponta-esquerda Pepe e o goleiro Gilmar dos Santos Neves.

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Enfim, campeões do mundo

A seleção brasileira foi à Suécia, para disputar a Copa do Mundo de 1958, sob desconfiança. O time não vinha bem e era criticado pela torcida e imprensa. E, de fato, o time não empolgou nos primeiros jogos. Bastou o técnico Vicente Feola fazer mudanças para a coisa engrenar: com Pelé, Garrincha, Zito e Vavá no time titular, a equipe passou a jogar como nunca e ganhou todas as partidas, inclusive a grande decisão, contra o time da casa, por 5 a 2. Pela primeira vez, os brasileiros podiam dizer que eram campeões mundiais de futebol.

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Taça Brasil, o primeiro Brasileirão

Mais de 50 anos passaram e o País ainda não tinha um campeonato nacional (até então, só havia torneios estaduais). Foi então que a Confederação Brasileira de Desportos decidiu criar a Taça Brasil, que reuniria os campeões de 16 estados. Quem levantou a taça acabou sendo um time de fora do eixo Rio-São Paulo: o Bahia, de Biriba, Nadinho e Leone. A equipe enfrentou o poderoso Santos de Pelé e venceu a primeira partida, em plena Vila Belmiro. Perdeu na Fonte Nova, em Salvador, mas derrotou o rival na partida-desempate, no Maracanã.

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O Tricampeonato no México

A Copa do Mundo de 1970 tinha tudo para ser especial. Era a primeira a ser transmitida ao vivo, para todo o mundo, via satélite. Os três bicampeões (Brasil, Uruguai e Itália) chegaram à semifinal, aumentando as chances de a Taça Jules Rimet ser disputada pela última vez (quem vencesse o torneio por três vezes ficaria com ela para sempre). Quis o destino que a conquista fosse brasileira, graças a um dos maiores times da história do nosso futebol. Além de Pelé, a seleção contava com Jairzinho, Tostão e Gérson. No final, veio a goleada contra os italianos (4 a 1).

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Flamengo e a Era Zico

O Flamengo sempre foi conhecido por ser o time de maior torcida do Brasil por muitos anos. Havia apresentado times sensacionais, nas décadas de 1940 e 1950, mas ainda não haviam obtido o reconhecimento nacional e internacional com o qual sonhavam. Isso mudou quando surgiu um jovem atleta conhecido pelo apelido de Zico. À frente de um time de craques, como Mozer, Nunes, Andrade e Adílio, o craque levou o rubro-negro a conquistar cinco campeonatos cariocas, quatro brasileiros e a Taça Libertadores de 1981. No mesmo ano, disputaria o torneio intercontinental (equivalente ao mundial), derrotando o Liverpool por 3 a 0.

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De novo, campeão da América

Em 1989, o Brasil voltara a receber o Campeonato Sul-Americano (ou Copa América), após 40 anos. Curiosamente, era o mesmo período em que a seleção canarinho não conquistava o torneio. Por isso, a pressão era grande. Após um começo trôpego, o Brasil foi evoluindo e chegou ao quadrangular final, contra Argentina, Paraguai e Uruguai. Com grandes atuações, o time de Bebeto e Romário venceu as três partidas derradeiras e levantou a taça de forma invicta. Era um marco histórico para o País, já que nem mesmo Pelé e Garrincha haviam conseguido levantar a taça.

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Nos pênaltis, o tetra

Bebeto e Romário voltariam a entrar para a história da seleção, mas de forma muito mais importante que em 1989. Em 1994, eles formavam a dupla de ataque do Brasil, que não vencia uma Copa do Mundo desde 1970. Foram ao todo sete partidas, em que a dupla mostrou o velho entrosamento e um grande futebol, mesmo em meio a um time puramente defensivo, montado pelo técnico Carlos Alberto Parreira. Na final contra a Itália, o empate em 0 a 0 levou a partida para os pênaltis. Mas o brasileiros venceram por 3 a 2 e acabaram com a fila.

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A volta da supremacia mundial

A década de 1990 e o começo do século 21 foram os anos de retomada da hegemonia brasileira no futebol. Após conquistar a Copa do Mundo em 1994, chegamos à final em 1998, mas fomos derrotados pela França por 3 a 0. Em 2002, no entanto, não teve pra ninguém: a equipe de Ronaldo e Rivaldo venceu todas as suas sete partidas e conquistou o pentacampeonato. Ainda haveria espaço para conquistar a Copa América em 1997, 1999, 2004 e 2007. Esse domínio seria rompido nos anos seguintes, pela Itália e, principalmente, pela seleção espanhola.

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Um título no Maracanã

A final da Copa das Confederações de 2013 era de grande importância para os brasileiros. Em primeiro lugar, porque enfrentavam a Espanha, campeã mundial e bicampeã europeia, consagrada como a melhor do mundo na atualidade. Além disso, o Brasil voltava a jogar uma final de torneio da Fifa no mítico estádio do Maracanã. E não estava disposto a ver o rival levantar a taça, como ocorreu na Copa de 1950. Com uma vitória incontestável por 3 a 0, Neymar, Fred e companhia atropelaram o time de Iniesta e Xavi, para a alegria dos torcedores.