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O abuso de drogas produz efeitos físicos em quase todas as partes do corpo humano. Esses efeitos podem ocorrer a curto prazo, terem longa duração e serem permanentes. Podem piorar com a maior frequência e duração do uso, embora mesmo um único episódio de uso de drogas possa ser fatal.
O abuso de drogas produz efeitos físicos em quase todas as partes do corpo humano (Thinkstock/Comstock/Getty Images)
Significância
Segundo o National Institutes of Health, em 2005, mais de 8% dos americanos com 12 anos e acima usaram qualquer droga ilícita no ano anterior. Uma pesquisa do National Institute on Drug Addition, em 2007, mostrou que 14,8% dos alunos em nível de ensino fundamental já usaram drogas ilícitas no mês precedente. Embora seja um problema de saúde mental, o abuso de drogas pode ter graves consequências sobre o corpo.
Tipos
Segundo o National Institute on Drug Addiction, os efeitos físicos do abuso de drogas sobre o corpo podem variar, dependendo do método de uso, da droga, bem como da frequência e duração do uso. As alterações cerebrais decorrentes do abuso de drogas incluem paranoia, alucinações, problemas de memória, agressão, depressão, convulsões, acidente vascular cerebral e lesão cerebral. Seus efeitos respiratórios são: asma, enfisema e câncer pulmonar. Já os efeitos cardíacos incluem batimento cardíaco anormal, colapso das veias e ataque cardíaco. Em bebês não nascidos esses efeitos são: aborto, nascimento prematuro, baixo peso ao nascer e problemas comportamentais. Os efeitos gastrointestinais do abuso de drogas incluem náusea ou vômito, dor e lesão hepática ou renal. Durante a infância, esses efeitos podem resultar em baixa estatura ou problemas hormonais.
Período de tempo
De acordo com o National Institutes of Health, os efeitos físicos do abuso de drogas podem ocorrer até após um único uso ou se manifestar somente após um uso prolongado. Narcóticos, como a cocaína, podem resultar em ataque cardíaco fatal já no primeiro uso. As drogas podem causar efeitos a curto prazo, como pressão sanguínea alta e aumento do apetite, enquanto a longo prazo podem durar semanas ou meses, como a tosse crônica, e se tornarem permanentes, como uma lesão em órgão ou câncer.
Características
Segundo o National Institute on Drug Addition, o abuso de drogas aumenta os comportamentos de risco, como partilhar agulhas, sexo desprotegido, o que pode disseminar doenças infecciosas, inclusive HIV e hepatites B e C. Os efeitos físicos do uso de drogas podem ser permanentes e irreversíveis, como infertilidade causada por esteroides e dano hepático ou renal causado por múltiplos tipos de drogas. Os esteroides podem resultar em significativos problemas hormonais, causando o desenvolvimento de mamas em homens e o crescimento de pelos faciais e corporais em mulheres, semelhantes aos masculinos.
Considerações
Os efeitos físicos do abuso de drogas podem ser piores, se envolver mais de uma droga ao mesmo tempo. Segundo o National Institute on Drug Abuse, os efeitos sinérgicos do álcool e da heroína podem lesionar significativamente o fígado. As alterações cerebrais resultantes desse uso podem aumentar a probabilidade de tentativas de suicídio ou agressão a outros.
Prevenção/Solução
A prevenção dos efeitos físicos do abuso de drogas no corpo começam com a interrupção desse uso. Segundo o Centers for Disease Control, com a diminuição de outros comportamentos de risco associados, como compartilhar agulhas de seringas e equipamento, é possível reduzir o risco de disseminar doenças infecciosas ou contrair infecções bacterianas da pele. Os tratamentos também podem minimizar os efeitos físicos do abuso de drogas pela substituição das substâncias mais prejudiciais, como a heroína, por outras menos prejudiciais, como a metadona.
Advertência
Drogas que agem rapidamente no cérebro, como os inalantes, são tóxicas e podem causar a rápida perda de consciência ou morte, embora muitas pessoas não percebam que elas são tão perigosas quanto outros tipos de drogas. De acordo com a Clínica Mayo, algumas substâncias podem resultar em dependência física da droga, ainda que não se trate de um abuso.