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As tundras aglomeram animais e plantas altamente especializados que não vivem em nenhum outro lugar, incluindo-se animais emblemáticos, como o urso polar e a raposa do Ártico. Existem várias grandes ameaças para estes habitats, todos provocados pelas atividades humanas.
A tundra do Ártico é vulnerável (Jupiterimages/Photos.com/Getty Images)
Poluição do ar
Os líquenes, que consistem na fusão de dois organismos, um fungo e uma alga ou bactéria, vivendo em relação simbiótica, são altamente sensíveis à poluição do ar. De fato, o crescimento de líquenes na árvores tem sido muito utilizado como um indicador bruto da poluição ambiental nas regiões temperadas. Os líquenes na tundra são uma importante fonte de alimento para vários animais, incluindo-se lebres árticas, bois almiscarados, lêmingues e renas. Tudo o que afeta negativamente os líquenes provoca impactos no restante da cadeia alimentar.
Alterações climáticas
O aquecimento global pode destruir completamente a tundra, afirma a National Geographic. O habitat é definido pelo clima, e à medida que a Terra é aquecida, o gelo presente na tundra derrete, mudando radicalmente esse habitat. O descongelamento em si poderia acelerar o processo, uma vez que libera o carbono aprisionado em materiais orgânicos no solo. Uma vez que a tundra descongela, os decompositores, como bactérias, começam a trabalhar, e a liberar mais dióxido de carbono na atmosfera.
Destruição do habitat
Sob a tundra, existem reservas de materiais valiosos, em especial os combustíveis fósseis, como petróleo e gás. É impossível extraí-los sem destruir o habitat. Empreendimentos e atividades de mineração descuidados são uma grande ameaça. Eles também fragmentam o habitat, um problema para os animais com vastos territórios, como os ursos polares.
Diminuição do ozônio
Embora a destruição da camada de ozônio tenha diminuído significativamente na primeira década do século 21, de acordo com a NASA, ela ainda está esgotada sobre os polos, bem como a tundra. É pouco provável que a camada de ozônio comece a se recuperar, pelo menos até meados do século 21. A camada de ozônio reduzida ou ausente permite que mais raios UV atravessem. Os raios UV são extremamente perigosos para a vegetação da tundra e para a vida selvagem.
Derramamentos de óleo
Os derramamentos de petróleo parecem quase inevitáveis onde quer que a perfuração ocorra em grande escala, e os resultados são graves. Em grandes quantidades, o óleo é tóxico para a vida animal e vegetal. Um problema extra na tundra é que as condições e o clima dificultam quaisquer operações de limpeza, se não as torna impossíveis. O equipamento mecânico congela e os dispersantes químicos ficam inúteis, além de que tais dispersantes são tóxicos por si sós. Um grande vazamento de petróleo na tundra do Ártico poderia devastar o ecossistema e custar aos moradores indígenas seus meios de subsistência.