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A imagem de um crânio de caveira sobre dois ossos cruzados tem uma longa tradição através do mundo e se tornou sinônimo de morte. Originalmente, como um aviso deixado na entrada de cemitérios, a imagem foi adotada por vários grupos ao longo dos anos para imprimir medo em inimigos ou simbolizar uma organização. Notoriamente adotada por piratas, ela tem sido usada por facções militares, sociedades secretas e para alertar pessoas contra venenos.
O símbolo já foi adotado por diversos grupos (pirate flag white image by Tomislav from Fotolia.com)
História
Um dos usos mais antigos para o símbolo da caveira com ossos cruzados foi marcar cemitérios ou lugares de descanso para os falecidos. Culturas europeias usavam crânios e ossos reais para marcar a entrada de áreas de enterros e, com o tempo, a imagem se tornou associada à morte. Parte dessa ideia era repelir ladrões de covas. Era também um aviso aos invasores durante a Peste Negra, para que não entrassem nos cemitérios por medo de contágio. A prática continuou através dos séculos e foi levada ao Novo Mundo por missionários espanhóis, que colocavam esculturas de crânios e ossos perto de cemitérios e em igrejas.
Significado
Na Idade Média, os Cavaleiros Templários adotaram a imagem nas túnicas, usadas em batalha contra os muçulmanos. Eles descobriram que a imagem, desconhecida para a maioria no Oriente Médio, amedrontava seus inimigos e dava a eles uma vantagem adicional em combate. Depois das Cruzadas, a imagem foi adotada pelos maçons para denotar um mestre maçon, provavelmente em homenagem à ordem fraternal que ajudou a dar origem à sua organização. Hoje, a caveira com ossos é famosamente representada pela Skull and Bones Society of Yale (Sociedade de Crânio e Ossos de Yale). A imagem icônica é fundida ao número 322 por razões obscuras.
Características
Talvez o mais famoso uso da caveira sobre ossos é o dos piratas, durante os séculos 17 e 18. Conhecida como "Jolly Roger", a bandeira costumava ser hasteada para persuadir as vítimas a se renderem sem luta. A reputação de ferozes e assassinos dava a eles uma vantagem quando atacavam um navio, e hastear a bandeira ajudava a colocar medo em suas vítimas. A origem da bandeira é um mistério, e alguns atribuem sua criação ao Barba Negra, embora o termo já estivesse em uso em 1721. Outros historiadores acreditam que um pequeno grupo de Cavaleiros Templários fugiu e usou a imagem quando atacavam navios leais a Roma.
Função
O estado de Nova York aprovou uma lei em 1829 forçando todos os fabricantes de veneno a estampar a caveira sobre ossos em seus rótulos para ajudar analfabetos a identificar mais facilmente substâncias perigosas. Isso se tornou padrão nos anos 1850, quando a maior parte dos países adotou um sistema com rótulos produzidos em cores vivas trazendo a imagem. No entanto, nos anos 1880, a maioria dos rótulos voltou a ser produzida em cores claras para cortar gastos, mas o símbolo da caveira sobre ossos manteve seu status. Hoje, todo veneno traz uma pequena imagem em seu rótulo, simbolizando a possibilidade de morte em caso de ingestão.
Considerações
Há uma longa tradição militar de uso da caveira e ossos como emblemas de batalhões ou organizações. Na Alemanha nazista, os agentes da SS de Hitler usavam um pequeno alfinete com a imagem em seus chapéus. O regimento dos Lanceiros Reais do Exército Britânico da Rainha usa a imagem em seu emblema, adotado em uma tradição estabelecida durante a Guerra Franco-Índia. Batalhões de reconhecimento dos fuzileiros navais norte-americanos usam a imagem, junto com a Jolly Roger do esquadrão Strike Fighter da Marinha, que estampa a cauda de seus aviões com a icônica caveira sobre ossos. A imagem foi adotada ainda por facções paramilitares no Chile, Estônia e Sérvia.