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A demência frontotemporal não é uma única condição, mas um termo que abrange uma série de raras doenças que têm por alvo os lobos frontal e temporal, segundo o site MayoClinic.com. Essas doenças são, às vezes ,diagnosticadas erroneamente como doença de Alzheimer ou alguma forma de transtorno psiquiátrico. O início dessa forma de demência ocorre tipicamente em idade mais precoce do que no caso da doença de Alzheimer.
A demência frontotemporal, às vezes, é diagnosticada erroneamente como doença de Alzheimer (Goodshoot/Goodshoot/Getty Images)
Funções normais
Cada um dos quatro lobos do cérebro — frontal, occipital, parietal e temporal — está associado a funções e comportamentos específicos, embora possa haver algum grau de sobreposição. Segundo o site americano Serendip, o lobo frontal tem um importante papel no planejamento, tomada de decisões, solução de problemas e raciocínio. Além disso, tem um efeito significativo sobre o humor e as emoções. O lobo temporal está estreitamente associado à fala e memória, assim como à percepção e interpretação dos estímulos auditivos.
Sintomas de disfunção
Os sintomas de demência frontotemporal enquadram-se em três categorias, segundo o site MayoClinic.com. Estes são transtornos do movimento, alterações comportamentais e problemas com fala e linguagem. A categoria de sintomas dos transtornos do movimentos pode simular os sintomas das doenças de Parkinson e de Lou Gehrig, e incluem tremores, espasmos e fraqueza musculares, falta de coordenação, dificuldade na deglutição e rigidez. As alterações comportamentais podem incluir declínio acentuado da higiene pessoal, apatia geral, ações inadequadas, ausência de inibições, euforia e comportamento compulsivo. Problemas de fala e linguagem podem se manifestar, como uma crescente dificuldade na compreensão da linguagem escrita e falada ou expressão de afirmações gramaticalmente corretas mas sem relevância para a conversação do momento.
Causas
As causas das várias formas de demência frontotemporal não são totalmente conhecidas, embora algumas possam estar ligadas a mutações genéticas de certas células cerebrais. Mas, seja qual for a causa, o dano físico causado por esse grupo de doenças pode ser observado na atrofia ou contração de ambos os lobos, frontal e temporal, do cérebro.
Diagnóstico e tratamento
O site MayoClinic.com ressalta que não existe um só teste capaz de confirmar um diagnóstico de demência frontotemporal, exigindo o uso de uma bateria de testes para eliminar outras possibilidades até identificar positivamente essa forma de demência. Esses testes incluem: triagem neuropsicológica, exame de sangue, bem como imagens de tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) do cérebro. Por não ter cura, o tratamento consiste principalmente em medicações e terapia para controlar os sintomas. As duas classes de fármacos prescritos, de uso mais amplo, são os antipsicóticos e os antidepressivos.
Fatores de risco e complicações
Como pouco se sabe sobre as causas desses tipos de demência, o único grupo em alto risco já identificado até o momento abrange os indivíduos com histórico familiar de demência. Por não haver cura da demência frontotemporal, a perspectiva para pacientes diagnosticados com esses transtornos é bastante precária, ocorrendo piora dos sintomas com o tempo, até serem necessários cuidados durante 24 horas.