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A terapia cognitivo-comportamental, uma forma de terapia que se concentra no pensamento ao invés de emoção, tem sido usada há mais de 40 anos no tratamento de fobias, ansiedade e depressão. Na última década, os terapeutas cognitivo-comportamentais começaram a aplicar seus métodos para tratar tanto o déficit de atenção quanto a hiperatividade (ADD e TDAH).
A terapia cognitivo-comportamental, uma forma de terapia que se concentra no pensamento ao invés de emoção, tem sido usada há mais de 40 anos no tratamento de fobias, ansiedade e depressão (http://www.flickr.com/photos/anotherphotograph/2785769967/)
TDAH
O TDAH é um transtorno do desenvolvimento neuro-comportamental, nomeado pela primeira vez nos anos 70. A Associação Psiquiátrica Americana define como um "padrão persistente de desatenção ou hiperatividade". Três a cinco por cento das crianças na América possuem sintomas de TDAH e cerca de quarenta por cento das crianças com TDAH continuam a manifestar a doença na idade adulta. A quantidade de meninos diagnosticados com a condição é o dobro da de meninas.
Diagnóstico e tratamento
De acordo com o Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrame dos EUA, os sinais de TDAH incluem inquietação, falar demais, deixar o trabalho inacabado e ser incapaz de ouvir as instruções e prestar atenção aos detalhes. O TDAH é geralmente tratado com estimulantes como Ritalina, Adderall ou Anfetamina, remédios que diminuem a hiperatividade e aumentam a capacidade de concentração. No entanto, os médicos recomendam outros métodos de tratamento em conjunto com a medicação: as crianças com TDAH são muitas vezes colocadas em salas de aulas especializadas, tuteladas além da escola e, agora, tratados com terapia cognitivo-comportamental (TCC).
TCC e TDAH
Os sintomas do TDAH são frequentemente sérios e causam impedimentos à vida do paciente. Como resultado, as pessoas diagnosticadas com o transtorno podem desenvolver uma auto-estima negativa e ansiedade, agravando, assim, os seus sintomas originais. A terapia cognitivo-comportamental ajuda os pacientes a controlarem os seus padrões negativos de pensamento e entender que sua maneira de ver a si mesmos influencia na forma como eles interagem com o mundo. O objetivo da TCC é mostrar ao paciente que esses padrões de pensamento são mutáveis e depois alterá-los.
Distorções específicas
As pessoas com TDAH muitas vezes caem em formas específicas de pensar sobre si mesmo. Os pensamentos do tipo tudo-ou-nada, onde se algo não é perfeito, parece um fracasso, são comuns, assim como a generalização, onde os indivíduos veem contratempos específicos como parte de um padrão imutável. Isso pode causar paranoia social, onde os pacientes pensam que estão sempre mal vistos pelos outros, e o pensamento preditivo, onde os pacientes esperam a falha antes de todos os eventos. Outras distorções de pensamento da TDAH incluem a fixação de como as coisas deveriam ser, ao invés de como são ou poderiam ser, o pensamento comparativo, onde o paciente constantemente mede-se contra os outros, e excesso de personalização ou a colocação de muita responsabilidade sobre si mesmo.
Eficácia
Embora a terapia comportamental cognitiva não possa ser utilizada como um substituto para o medicamento, um estudo da TCC de 2005, realizado em Boston, mostrou que quando usado em conjunto com medicação, o tratamento é significativamente mais eficaz do que sozinho. Em geral, a TCC é um método de ação rápida de psicoterapia; os terapeutas e os pacientes geralmente relatam resultados positivos mensuráveis após 12 a 15 sessões de uma hora. Para aqueles que procuram encontrar um terapeuta cognitivo-comportamental para o tratamento de TDAH, é importante encontrar um especialista com formação prévia no tratamento do TDAH, já que muitos terapeutas cognitivos não tiveram experiência com essa área relativamente nova de tratamento.