O que aconteceu com as mulheres judias durante o Holocausto?

Autor: Lewis Jackson
Data De Criação: 11 Poderia 2021
Data De Atualização: 23 Novembro 2024
Anonim
Aracy Guimarães Rosa, a brasileira que salvou judeus do holocausto
Vídeo: Aracy Guimarães Rosa, a brasileira que salvou judeus do holocausto

Contente

O regime nazista visava todos os judeus durante o Holocausto, de modo que as experiências enfrentadas pelas mulheres judias em geral não eram muito diferentes das enfrentadas pelos homens. No entanto, seria inexato dizer que mulheres e homens judeus foram tratados exatamente da mesma maneira o tempo todo. Enquanto mulheres e homens judeus sofriam perseguição brutal pelo "crime" de serem judeus, o tratamento específico de gênero não era de todo incomum durante o Holocausto.


Campos de concentração foram criados para segregar certos grupos de pessoas (Comstock/Comstock/Getty Images)

Campos de concentração só de mulheres

O regime nazista tinha áreas dentro dos campos de concentração designadas para prisioneiras femininas. Eles tinham até campos que eram inteiramente designados para mulheres. O maior desses campos era Ravensbrück, que foi aberto em maio de 1939. Quando o campo foi liberado pelas tropas soviéticas em 1945, mais de 100.000 mulheres tinham sido encarceradas ali. Em 1942, no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau foi estabelecido um complexo para abrigar as prisioneiras femininas, sendo as primeiras transferidas de Ravensbrück. Outro campo só de mulheres foi estabelecido em Bergen-Belsen em 1944.

Tratamento diferente pelos soldados alemães

Originalmente, o regime nazista visava prender e encarcerar principalmente homens judeus, apesar de que logo ficou claro que a ideologia nazista afirmava que qualquer pessoa judia deveria ser exterminada. Dito isso, as mulheres encararam muitas formas específicas de assédio e punição de gênero. Elas eram forçadas a desempenhar tarefas humilhantes, tais como limpar ruas com roupa de baixo e eram forçadas a se despir diante de grupos de soldados alemães. Mulheres judias nos campos de concentração recebiam o mesmo tratamento horrível que os homens judeus, mas como praticamente todos os soldados escalados para esses campos eram homens, o tratamento das mulheres se tornou especialmente humilhante. As buscas em que se tirava a roupa, que eram realizadas quando os prisioneiros eram processados, eram uma espécie de assédio sexual e, apesar de ser tabu para um alemão ter relações sexuais com uma pessoa judia, ataque sexual e estupro contra mulheres era comum.


Mulheres grávidas durante o Holocausto

Mulheres grávidas eram muitas vezes as vítimas de tratamentos especiais na forma de experiências médicas brutais. Uma experiência particularmente horripilante realizada em mulheres que acabavam de dar à luz envolvia "médicos" tapando seus seios com esparadrapo para que elas não pudessem amamentar os bebês. O propósito disso era testar a resistência tanto da mãe quanto da criança. Isso era incrivelmente doloroso para a mãe e muitas vezes resultava na morte do bebê por fome. Experiências dolorosas para descobrir novas técnicas de esterilização também eram feitas em prisioneiras femininas, e as mulheres claramente grávidas eram, muitas vezes, as primeiras a serem executadas.

Mulheres em grupos de resistência

Muitas mulheres desempenharam papéis cruciais em várias atividades de resistência durante o Holocausto, principalmente as envolvidas em movimentos socialistas, comunistas e sionistas. Elas, muitas vezes, agiam como mensageiras para entregar recados a guetos na Polônia, e muitas serviram em unidades de partisan na Polônia oriental e na União Soviética. Outras mulheres eram membros de operações de ajuda e resgate na Europa ocupada pelos nazistas. Algumas mulheres notáveis envolvidas em movimentos de resistência incluíam a líder da comunidade judaica eslovaca, Gisi Fleischmann, que ajudou muitos judeus a escapar para a Palestina; a paraquedista judia Hannah Szenes e cinco mulheres que contrabandearam pólvora para os líderes da resistência que a usaram para explodir uma câmara de gás em Auschwitz e matar vários oficiais da SS.