Contente
- Linguagem de Shakespeare
- Vida de Shakespeare e a questão da autoria
- Contexto histórico
- Modernize Shakespeare
A maioria dos alunos da faculdade já ouviram falar da história de amor "Romeu e Julieta", de William Shakespeare. Porém, sua trama envolvente não implica que sua leitura e análise seja fácil. O vocabulário e pronúncia são arcaicos e muito complexos, o contexto histórico é desconhecido e os alunos podem não entender sua estrutura formal, escrita em pentâmetro iâmbico ou "verso branco". É recomendável fazer algumas atividades de pré-leitura antes dos alunos lerem a peça de teatro.
Os amantes interestelares são alguns dos personagens mais duradouros da obra de Shakespeare (Photos.com/Photos.com/Getty Images)
Linguagem de Shakespeare
A biblioteca on-line "Folger Shakespeare Library" sugere familiarizar os alunos com três conceitos básicos antes de pedir que leiam "Romeu e Julieta": a linguagem poética, a pronúncia pouco conhecida (ou a ordem das palavras) e as palavras cujos significados foram alterados com o tempo. Por exemplo, a linguagem poética ou floreada é fundamental para a poesia amorosa e, particularmente, para a peça "Romeu e Julieta". Diga aos alunos para escreverem uma lista de sentenças, vocábulos e apresentarem as imagem que descobriram em um poema de amor tradicional. Apresente uma lista das palavras que Shakespeare usava de forma diferente dos dias de hoje. A "Folger Library" dá o exemplo da utilização do termo "heavy" que, na época do Renascimento, significava "sorrowful". Lembre aos alunos que, no inglês moderno, o sujeito deve ficar antes do verbo, enquanto para Shakespeare essa ordem podia ser alterada. Finalmente, é recomendável dar uma aula de introdução sobre o pentâmetro iâmbico.
Vida de Shakespeare e a questão da autoria
Apresentar aos alunos a vida de William Shakespeare pode ser uma lição de pré-leitura interessante. Esse autor, filho de um fabricante de luvas, deixou sua família para viver em Londres e se tornar ator. Esse começo de vida atribulado levou-o a ser o poeta e dramaturgo mais conhecido e ensinado da língua inglesa. Também há um debate bem conhecido sobre a verdadeira identidade de Shakespeare. Será que o homem enterrado em Stratford-Upon-Avon é o autor dessas peças ou esse nome foi o pseudônimo de um ou mais autores? Esse mistério pode ser um ótimo ponto de partida para pedir aos alunos que façam uma pesquisa sobre sua vida e o contexto histórico da peça de teatro.
Contexto histórico
A peça "Romeu e Julieta" foi provavelmente escrita entre o ano de 1591 e 1594, em uma época conhecida como Renascimento, mas sua origem descende de um conto folclórico italiano. A versão de Shakespeare foi estabelecida e encenada durante esse período, mas a história original foi encenada no ano de 1300, quando Verona, o cenário físico da peça, estava dividida por uma rivalidade entre duas das famílias mais ricas da cidade. Peça aos alunos para pesquisarem e escreverem um relatório sobre os diversos aspetos do Renascimento, entre 1301 e 1304, como acontecimentos históricos, tradições e costumes (incluindo as tradições de casamento), as artes e a literatura.
Modernize Shakespeare
A professora Traci Gardner recomenda tornar os personagens de Shakespeare mais contemporâneos, explicando aos alunos como os destinos dos personagens poderiam ter sido diferentes se tivessem acesso às tecnologias digitais que usamos hoje. Antes de ler a peça, diga aos alunos para pensarem em uma lista de tecnologias digitais que eles mais utilizam. Após a leitura da peça, leia novamente a lista e debata as maneiras como as tecnologias poderiam ter ajudado a evitar ou a acelerar a tragédia. Outra maneira de tornar o mundo e a linguagem de Shakespeare mais moderno e humorístico é apresentar aos alunos uma ferramenta eletrônica que produza insultos contemporâneos usando termos das obras de Shakespeare.