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Muitos estudos têm mostrado resultados positivos do consumo de uma ou duas taças de vinho por dia. Os efeitos incluem melhora na memória, peso saudável, proteção do estômago e de câncer de ovário, ossos mais fortes e menor risco de diabetes. Sem mencionar a lista de antioxidantes que muitos vinhos possuem. No entanto, o vinho ainda é álcool e seu consumo em excesso, assim como qualquer outra bebida alcoólica, tem consequências negativas.
Mulheres e homens deveriam consumir não mais que duas taças de 120 ml de vinho diariamente (Ablestock.com/AbleStock.com/Getty Images)
Alcoolismo
A consequência mais óbvia do consumo de bebidas alcoólicas é se tornar dependente. O alcoolismo é definido como "Um vício ao consumo de bebidas alcoólicas ou doença mental e comportamento compulsivo derivado da dependência do álcool." As pessoas que deixam o álcool afetar seu trabalho ou vida pessoal, ou agem de maneira inconsequente, podem abusar do álcool e não serem alcoólatras. Os alcoólatras têm uma dependência física do álcool. O alcoolismo é considerado uma doença crônica e, quando os usuários param de beber, eles podem exibir sintomas de abstinência como suor, tremedeira, ansiedade e delírios.
Pressão alta
Alguns estudos têm mostrado uma relação positiva entre uma ou duas taças de vinho e a pressão arterial. No entanto, outros estudos têm mostrado resultados mistos. Um desses estudos realizado em Dallas, no estado do Texas nos Estados Unidos, descobriu que dos 24 homens testados, o vinho aumentou a pressão sistólica por uma média de 1,9 mm Hg e aumentou a frequência cardíaca no sono em 4,4 bpm. Os participantes que beberam cerveja tiveram resultados semelhantes. Dos participantes que beberam vinho sem álcool, os pesquisadores descobriram que os antioxidantes não tiveram o poder suficiente de suavizar a pressão arterial elevada. O American Heart Association (Associação do coração americano, nos Estados Unidos) afirma "Nenhum estudo de comparação direta foi realizado para especificar os efeitos do vinho ou qualquer outra bebida alcoólica no risco do desenvolvimento de doenças do coração ou ou enfarte.".
Erosão de esmalte
Os ácidos encontrados no vinho são componentes importantes no processo da fabricação do vinho. Os ácidos afetam o sabor, cor e cheiro do vinho refinado. Estes ácidos vêm das próprias uvas, como também de outros ingredientes como amoras e cerejas. O conteúdo ácido do vinho tende a desgastar o esmalte dos dentes e com o tempo podendo até apodrecê-los. Escovar os dentes imediatamente após o consumo de vinho apenas piora o processo arranhando ainda mais o esmalte.
Doenças hepáticas
O consumo de bebida a longo prazo pode causar danos severos ao fígado e causar doenças. O fígado funciona armazenando nutrientes vitais, produzindo proteínas e enzimas, e quebrando toxinas como o álcool. O fígado é o órgão chefe para processar o álcool e, sendo assim, é um dos que mais correm o risco de sofrer doenças relacionadas ao álcool. Beber em excesso por alguns dias pode levar à um fígado gorduroso, ou esteatose — o estágio inicial da doença hepática alcoólica. Se a bebedeira em excesso continuar, a doença se desenvolve para uma hepatite alcoólica, uma inflamação do fígado. Os sintomas incluem vômito, febre, dores abdominais e confusão. O estágio final da doença é conhecido como cirrose alcoólica, onde as células saudáveis do fígado são substituídas por tecido cicatricial, deixando o fígado incapaz de realizar suas funções vitais. A cirrose é 12ª causa de morte nos Estados Unidos.