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As descobertas mais importantes da paleontologia têm transformado completamente o modo como os humanos veem o mundo. O estudo de fósseis por paleontólogos ajudam-nos a entender as formas de vida que vieram antes de nós. Seus trabalhos dão uma visão do progresso evolucionário e também situam eventos de extinção em massa, que podem interferir no futuro do planeta. Veja algumas das principais descobertas da paleontologia.
A paleontologia é a ciência que estuda o desenvolvimento e a vida do passado da Terra (Hemera Technologies/AbleStock.com/Getty Images)
Tatus e preguiças gigantes na Argentina
A descoberta de tatus e preguiças gigantes, por Charles Darwin, na década de 1850, ajudou-o a formular a Origem das Espécies, estudo no qual Darwin apresentou a teoria da evolução. A primeira pista real de Darwin sobre a evolução não veio do bico de um animal vivo da ilha de Galápagos, mas sim de fósseis de tatus e preguiças gigantes encontrados três anos antes, em uma praia da Argentina. Para ele, a ideia de que ambos os animais eram antecessores dos atuais tatus e preguiças era a explicação que parecia mais econômica e mais persuasiva do que o cenário criacionista comum na época.
Charles Darwin, criador da teoria da evolução (Photos.com/Photos.com/Getty Images)
“Dinopássaro"
A descoberta do dinossauro-pássaro Archaeopteryx ocorreu em 1861. A descoberta do fóssil de um dinossauro com penas nas asas deu a Darwin suporte crucial para a sua teoria da evolução. Em 2004, pesquisadores do Museu de História Natural de Londres chegaram à conclusão de que este é o fóssil mais primitivo de um pássaro. Os pesquisadores examinaram o crânio do animal, que tem 147 milhões de anos, por meio de tomografia computadorizada, e perceberam áreas do cérebro ligadas ao controle do voo e à visão como de pássaros modernos.
A descoberta de fósseis de dinossauros e pássaros ajuda a entender o processo de evolução (Photodisc/Photodisc/Getty Images)Primeiros hominídeos
Nem todas as descobertas da paleontologia são sobre dinossauros. Essa ciência se estende para todas as formas de vida pré-históricas. Em 2003 foi descoberto, na África, um crânio que sugere que hominídeos, que são espécies relacionadas com os humanos, estavam presentes na África 3 milhões de anos antes de quaisquer outras evidências já vistas. As características do crânio sugerem que essa criatura precedeu os hominídeos, que se seguiriam ao longo da história. A prova oferecida por esse fóssil é de que as famílias de seres humanos e os grandes símios separaram-se mais de 7 milhões de anos atrás.
A descoberta do crânio na África mostra a data em que humanos e grandes símios separaram-se no processo da evolução (Visage/Stockbyte/Getty Images)
Primeiros passos
Em 2004, pesquisadores da Universidade de Yale, Estados Unidos, e dos Museus Nacionais da Escócia concluíram que os primeiros animais passaram a viver em terra firme há 428 milhões de anos atrás, depois de terem estudado o fóssil de um artrópode primitivo de mil patas e apenas 1 cm, chamado Pneumodesmus newmani. Encontrado em um vilarejo da Escócia, o animal possuía estruturas destinadas à respiração aérea e, após analisar seu traço anatômico, os cientistas acreditam se tratar da mais antiga criatura que abandonou os oceanos e se instalou em lugares secos.
Em 2004 foi descoberto um fóssil do primeiro animal que trocou o oceano pela terra (Goodshoot/Goodshoot/Getty Images)