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Os eletroímãs são ímãs alimentados por uma corrente elétrica. Eles consistem em uma bobina de fio, que costuma ser enrolada ao redor de um núcleo magnético feito de ferro ou outro material ferromagnético. O eletroímã só emite um campo magnético quando a corrente está ligada. Tal campo pode ser fortalecido, enfraquecido ou até mesmo revertido variando a corrente que passa pelo dispositivo.
Os eletroímãs costumam ser usados nas travas das portas de escritórios (Jack Hollingsworth/Photodisc/Getty Images)
Função
Os eletroímãs são primariamente usados para mover coisas e armazenar informações. Este uso se deve a seu campo magnético, que repele fisicamente o ferro e outros materiais. Ao controlar cuidadosamente a corrente recebida pelo ímã, um engenheiro pode regular a força exercida por ele e os movimentos do alvo. Eles são usados também para armazenar informações, pois muitos materiais absorvem e armazenam campos magnéticos. O campo pode então ser lido por um leitor magnético, quando a informação for necessária novamente. Muitos dispositivos, desde fitas cassete a cartões de memória, os utilizam dessa forma.
Tiipos
Um dos tipos mais simples de eletroímãs é usado em um tipo de interruptor chamado de relé. Quando o dispositivo é ligado, ele ativa um pequeno interruptor magnético, que fecha um circuito. Desta forma, uma pequena corrente pode ligar e desligar outra muito maior.
Outro uso comum é em atuadores, em que eles efetivamente realizam um trabalho de movimento. Por exemplo, o eletroímã pode mover a bobina do alto-falante para dentro e para fora. Em um motor, é ele que gira o rotor.
Um uso bem especializado, mas muito comum, desta tecnologia é para alimentar o tubo de raios catódicos de uma televisão. Eletroímãs de alta potência alimentam e conduzem uma cadeia de elétrons, fazendo com que eles acertem a tela da televisão, para que ela brilhe.
Finalmente, eles também são usados para armazenar informações. O disco rígido de um computador possui uma placa especial, magneticamente sensível, que armazena informações conforme um eletroímã é ligado e desligado.
Tamanho
O tamanho de um eletroímã depende de quanta força ele precisa exercer. O eletroímã de um pequeno relé por exemplo, possui um centímetro de comprimento ou até menos, pois tudo que ele precisa fazer é puxar uma pequena tira de metal por uma fração de centímetro; todo o sistema é extremamente pequeno. Na ponta oposta estão as torres de rádio, que precisam ser grandes o suficiente para criar campos magnéticos que viajam por quilômetros. Entre os dois extremos estão os ímãs das televisões, que medem vários centímetros, e os motores de arranque dos carros, que precisam produzir muita energia e podem ter eletroímãs de 15 cm ou mais.
Importância
Os eletroímãs permitem que engenheiros controlem facilmente o movimento, de uma forma que seria impossível ou muito cara sem eles. Em um relé, por exemplo, a pequena bobina magnética atrai um terminal de um pequeno interruptor metálico, fechando-o. Há uma única peça móvel e não é usada nenhuma engrenagem, fazendo com que ele seja simples e fácil de se fabricar. Não há outra forma fácil de fazer um interruptor automático. Os eletroímãs também foram a força que conduziu o desenvolvimento das mídias e comunicações modernas. Até hoje, eles alimentam muitos microfones, a maioria das televisões e quase todos os alto-falantes, além dos discos rígidos de computadores. Até as torres de transmissão de televisão e rádio são, basicamente, grandes eletroímãs.
Aviso
Muitos dispositivos eletromagnéticos são muito sensíveis a campos magnéticos. Você pode facilmente arruinar a tela da sua televisão, embaralhar os dados do seu cartão de crédito ou apagar seu disco rígido se colocar um ímã muito perto deles. Mantenha os ímãs longe de tudo que possua tela ou memória. Alguns eletroímãs também podem ser perigosos para as pessoas. As televisões usam eletroímãs de altíssima tensão para alimentar seus raios catódicos. Não abra uma e mexa em seu interior, a não ser que realmente saiba o que está fazendo.