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"Otelo" é uma das peças mais famosas de Shakespeare, caracterizando a mais nobre de suas heroínas e os mais maldoso de seus vilões. A peça possui muitas falas famosas, algumas dos quais viraram expressões idiomáticas. Iago, em particular, usa frases que se tornaram expressões comuns, mas nem todas as falas mais famosas da peça pertencem a ele.
Otelo
A fala mais famosa de Otelo é do ato V, cena II, a cena final da peça: "Esta é a causa, minha alma. Oh! Esta é a causa!" Otelo diz isso quando entrar na câmara de Desdêmona para matá-la e a vê dormindo. "A causa" refere-se ao crime de adultério, de que ele acredita que ela seja culpada, em vez de Desdêmona em si - ele não quer matá-la como vingança, mas como a justiça para seu crime.
Iago, ato I
Uma das falas mais famosas de Iago está na primeira cena da peça: "Carregaria o coração na manga, para atirá-lo às gralhas". Esta fala é muitas vezes mal interpretada, porque é apenas a segunda metade do pensamento. A fala completa de Iago significa que ele esconde seus sentimentos e intenções, a fim de se proteger.
Iago, ato III
Iago tem outra fala que se tornou um clichê: "Acautelai-vos senhor, do ciúme; é um monstro de olhos verdes, que zomba do alimento de que vive", no ato III, cena III. Iago primeiramente planta a ideia de infidelidade de Desdêmona na mente de Otelo e, em seguida, o adverte sobre a desconfiança excessiva, pois esta irá fazê-lo infeliz. Esta psicologia reversa só serve para alimentar o ciúme de Otelo ainda mais.
Desdêmona
A esposa de Otelo, Desdêmona, tem relativamente poucas falas famosas. Sua frase mais famosa é a do ato I, cena III: "Meu nobre pai, percebo um dividido dever". É o início de um discurso que ela faz a seu pai, no qual ela diz que sua lealdade está dividida entre ele e seu marido. Ela está explicando que, mesmo que ela seja uma filha e obediente, ela não pode fazer o que seu pai quer, porque ela deve ainda mais obediência a Otelo.