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Crianças desenvolvem seu senso de ego a partir do ambiente em que crescem. Normalmente, o ambiente familiar tem um grande papel na formação da identidade das crianças enquanto crescem, se tornam adolescente e adultos. A maneira como os membros da família se relacionam e operam em conjunto como um grupo social pode moldar a autoestima, socialização e identidade cultural da criança. Além disso, um relatório de Sue Flanigan, na Universidade da Virgínia Ocidental, aponta para a possibilidade da ordem de nascimento influenciar na formação da autopercepção da criança.
As crianças cujos pais adotaram um rígido papel social de gênero se identificarão fortemente com suas funções, como um "menino" ou uma "menina" (family image by vanda from Fotolia.com)
Papéis sociais de gênero
Um relatório feito pela doutora Susan D. Witt em 1997, mostra que crianças de ambos os sexos são suscetíveis a ver seus papéis sociais de gênero da mesma forma que seus pais veem. Por exemplo, pais que criam os filhos com a ideia de que garotos devem realizar tarefas como cortar a grama, pintar a cerca e tirar o lixo, enquanto garotas devem lavar a louça, fazer o jantar e limpar a casa, são passíveis a terem filhos que se identificam com esses estereótipos ao longo de suas vidas. Crianças que crescem com pais que incentivam papéis de gênero mais andróginos não se identificam com as ideias estereotípicas masculinas ou femininas e mostraram receber mais incentivo dos pais. Essas crianças tendem a ser mais flexíveis em seus relacionamentos e a ter maior autoestima.
Identidade cultural
De acordo com o estudo de Linda Juang, publicado no Journal of Adolescence em junho de 2010, crianças que crescem em famílias com tradições étnicas proeminentes são mais inclinadas a identificarem-se com sua etnia que as que não crescem nesses ambientes. O estudo comparou 225 participantes que estavam entrando na idade adulta, mostrando também que as filhas identificaram-se mais fortemente com suas etnias do que os filhos. Essas constatações confirmam que o ambiente familiar continua a afetar a autopercepção dos indivíduos enquanto entram na idade adulta.
Autoestima
Pais que são mais receptivos a seus filhos, encorajadores e que oferecem maior apoio, mais possivelmente desenvolverão uma criança que tem uma elevada autoestima. Por outro lado, um estilo parental mais crítico leva ao desenvolvimento de um indivíduo com baixa autoestima, especialmente quando as críticas são direcionadas para a aparência física da criança, de acordo com um estudo feito pela psicóloga de desenvolvimento dra. Susan Harter, em 1993.
Identidade religiosa
Um estudo de 2007 feito por Lisa D. Pearce ao Journal of Marriage and Family, mostra que o passado religioso das mães tem a maior influência na identidade religiosa das crianças enquanto elas crescem e se tornam adultas. O filho adulto provavelmente vai segui a religião e adotar as atitudes religiosas da mãe em seu novo lar e família.