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Os insetos machos costumam ter um tempo de vida mais curto que as fêmeas. Eles são raramente necessários na criação dos filhos, o que os torna menos valiosos na evolução da espécie depois do acasalamento. No mundo dos insetos, passar material genético adiante é muito mais importante que as vidas individuais.
O louva-deus é um inseto conhecido pelo canibalismo (praying mantis image by john barber from Fotolia.com)
Ciclo de vida
Os ciclos de vida dos machos costumam ser mais curtos que os das fêmeas em todas as espécies. Isso é particularmente verdadeiro para os insetos. O inseto macho geralmente é produzido como um meio para um fim. São trabalhadores, protetores e produtores de esperma. Os machos geralmente não servem para nenhuma outra coisa além dessas tarefas. Assim que eles acasalam, sua missão está completa e sua vida acaba. Os machos costumam morrer logo depois da cópula porque seu tempo de vida é longo o suficiente para atingir a maturidade e acasalar. Mesmo os insetos machos que amadurecem cedo não comem mais depois do acasalamento, o que rapidamente os leva à morte.
As formigas machos disputam a atenção de uma única rainha (Insectopolis image by morchella from Fotolia.com)
Nutrição
Muitos insetos machos se tornam a refeição de suas parceiras. De acordo com Marty Crump, autor de "Headless Mates Make Great Lovers" (em português, "Parceiros sem cabeça são ótimos amantes"), as fêmeas costumam devorar seus parceiros depois da cópula para obterem benefícios nutricionais. Fêmeas bem-nutridas produzem mais ovos e têm filhotes mais saudáveis. Os machos garantem que sua prole tenham as melhores chances de sobrevivência ao se oferecerem como refeição para suas parceiras. O website Environmentalgraffiti.com relata que os machos de louva-deus compõem 70% da dieta de suas fêmeas.
As fêmeas do louva-deus devoram seus parceiros (Praying mantis image by Kiraly Zoltan from Fotolia.com)
Cópula repetida
Várias espécies de insetos, como o louva-deus, conseguem sobreviver por dias sem a cabeça. É comum as fêmeas do louva-deus comerem a cabeça do macho antes ou durante a cópula. A remoção da cabeça permite que o corpo do macho ejacule repetidamente, dando à fêmea uma chance maior de fertilizar mais ovos.
Alguns insetos conseguem sobreviver vários dias sem cabeça (Close Up of a Spider & Her Web image by T^i^ from Fotolia.com)Paternidade
Ser comido durante ou depois da cópula também ajuda a garantir a paternidade única. Marty Crump explica que o macho do mosquito se oferece como fonte de alimento à fêmea durante o acasalamento. Conforme ela come o corpo dele durante a cópula, o macho morre e se torna ligado a ela internamente. Quando ela se desvencilha dele, um plugue continua preso a ela, prevenindo que ela acasale novamente. O macho da aranha-de-costas-vermelhas australiana oferece seu corpo como refeição por motivos paternais também. Enquanto a aranha fêmea está comendo, ela acasala por um tempo duas vezes maior, o que permite ao macho fertilizar duas vezes mais ovos. Além da fertilização extra, as fêmeas das aranhas-de-costas-vermelhas que comem seus parceiros são menos propensas a acasalar novamente, dando ao pai devorado a oportunidade de paternidade única.
Algumas aranhas se oferecem como refeição às parceiras para garantir a paternidade única (spider image by Pali A from Fotolia.com)Proximidade
Para alguns insetos, vida e morte é uma questão de proximidade. As aranhas machos que ousam entrar na teia de uma fêmea costumam descobrir que não podem escapar. Depois do acasalamento, o macho fica preso na teia e é enrolado por ela como se fosse uma presa comum. Mesmo insetos sociais são conhecidos por comer seus parceiros depois do acasalamento. As rainhas das abelhas e formigas ficam famintas depois da cópula, e se os machos não escaparem rapidamente, podem ser comidos.
Em algumas espécies de insetos, escapar depois da cópula é necessário para a sobrevivência (Spider image by Tamas Majer from Fotolia.com)