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Um bom juiz no futebol é aquele que passa despercebido durante uma partida. Raramente o torcedor lembra as boas atuações da aribitragem, porém os erros são na maioria das vezes inesquecíveis. Os árbitros que todos lembram são sempre aqueles envolvidos em polêmicas, que marcam pênaltis duvidosos, expulsam jogadores injustamente, provocam brigas com técnicos e acabam alterando o transcurso normal de um campeonato de futebol. Saiba quais são os juízes mais polêmicos do futebol nacional.
Árbitros de futebol só ganham fama quando falham (Getty Images)
Márcio Rezende de Freitas
Márcio Rezende de Freitas foi o árbitro brasileiro que conseguiu a melhor colocação no ranking da FIFA (Federação Internacional de Futebol). O mineiro atuou na Copa do Mundo de 1998 e na final do Mundial de Clubes de 1996, entre Juventus e River Plate. Mesmo com tantas glórias, o mineiro é lembrado somente pelos seus decisivos erros de arbitragem, que prejudicaram vários times nas décadas de 1990 e 2000. O maior deles foi em 1995 na final do Campeonato Brasileiro entre Santos e Botafogo. Márcio considerou legal um gol do atacante Túlio Maravilha, que estava em clara posição de impedimento, e anulou um gol do atacante santista Camanducaia. Sua péssima atuação foi essencial para que a equipe carioca se consagrasse campeã naquele ano. Em 1999, na final da Copa do Brasil entre Juventude e Botafogo, o juiz voltou a falhar feio e anulou dois gols legítimos dos alvinegros, o que deu o título para o time gaúcho.
Alfredo Santos Loebeling
Alfredo Santos Loebeling entrou para a história do futebol brasileiro pelos motivos errados. Sua carreira foi bruscamente encerrada em 2002, quando um escândalo de manipulação de resultados de jogos explodiu no Brasil. Loebeling admitiu ser forçado a modidificar a súmula de um jogo a pedido de Armando Marques, que na época era inspetor da FIFA e chefe da arbitragem no Brasil. O jogo em questão era entre Figueirense e Caxias, válido pela série B do Campeonato Brasileiro de 2001. Torcedores do time catarinense invadiram o campo antes do final da partida e causaram uma confusão em campo. O juiz estava no auge de sua carreira quando foi obrigado a deixar os gramados pelo escândalo das súmulas. Tinha sido escolhido por duas vezes consecutivas o melhor árbitro paulista, em 2000 e 2001.
Carlos Eugênio Simon
Principal árbitro brasileiro entre 2000 e 2010, o gaúcho Carlos Eugênio Simon apitou em três Copas do Mundo: 2002, no Japão e Coreia do Sul, 2006, na Alemanha, e 2010, na África do Sul. Seus erros consecutivos obrigaram a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) a afastá-lo por duas vezes durante sua carreira. A primeira foi em 2007, quando Simon não marcou um pênalti claro e prejudicou a equipe do Atlético Mineiro na Copa do Brasil. Depois, em 2009, quando teve uma série de erros durante o Campeonato Brasileiro, culminando com a anulação de um gol totalmente legal do Palmeiras contra o Fluminense.
Edílson Pereira de Carvalho
As polêmicas sempre rondaram a carreira do árbitro Edílson Pereira de Carvalho. Em 2003, ele foi acusado de falsificar o diploma do ensino médio, documento necessário para que alguém possa ser juiz de futebol. Depois, em 2005, ele esteve no meio do esquema de fabricação de resultados do Campeonato Brasileiro, denunciado pela Revista Veja. Edílson admitiu que recebeu dinheiro para favorecer alguns times e modificar resultados. Naquele ano, 11 partidas tiveram que ser jogadas novamente. Depois de toda a polêmica, o Corinthians acabou se consagrando campeão, mas seu título ainda é contestado por muitos adversários.