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Se nós podemos caminhar com um andar normal, nossos tendões de Aquiles merecem parte do crédito, uma vez que estes fortes feixes de tecido conectivo nos dá o controle sobre nossos pés e postura. Um tendão de Aquiles demasiadamente curto, por outro lado, tornaria uma caminhada normal impossível. Por essa razão, vários procedimentos médicos existem para alongar o tendão de Aquiles e restaurar a flexibilidade total do pé.
O tendão de Aquiles dá flexibilidade ao pé (Digital Vision./Digital Vision/Getty Images)
O tendão de Aquiles
Tendões, feixes de um rude tecido conectivo fibroso, ligam os ossos aos músculos, e o tendão de Aquiles se estica a partir dos músculos gastrocnêmio e sóleo na panturrilha, conectando-se com o calcâneo, ou calcanhar. Essa estrutura dá aos músculos da panturrilha controle sobre a movimentação do pé, para que se possa caminhar ou pular. Esse tendão imensamente forte pode não suportar o peso do corpo de um adulto humano, devendo resistir, em qualquer lugar, de três a 12 vezes àquele peso em condições extremas, como no exercício atlético.
Problemas
Um tendão de Aquiles pequeno ou comprimido pode tornar impossível caminhar normalmente. O pé pode chegar a um ângulo de 90º em relação à perna apenas quando o joelho está dobrado, forçando a pessoa a caminhar na ponta dos dedos. Crianças mais novas que caminham em seus dedos podem ter um tendão de Aquiles curto, enquanto que uma postura incorreta, uma corrida defeituosa ou certos tipos de paralisias possam também causar a condição em adultos.
Estimular
Crianças diagnosticadas com um tendão de Aquiles comprimido podem se submeter à terapia ou a outros procedimento que encorajarão ao tendão se alongar por conta própria. O procedimento menos invasivo para o alongamento envolve estimular o pé com um dispositivo chamado órtese moldado a partir do tornozelo do pé. Se esse procedimento falhar ao se manter o pé no alinhamento correto, causar desconforto ou caso a criança tenha superado o dispositivo sem resultados, uma cirurgia deverá ser realizada.
Cirurgia
Cirurgias para alongar o tendão de Aquiles incluem o alongamento percutâneo do tendão, o alongamento por Z-plastia e a retirada do gastrocnêmio. No alongamento percutâneo, o cirurgião corta o tendão em vários pontos até que se parta em uma configuração maior, enquanto o alongamento por Z-plastia permite ao cirurgião esticar o tendão ao realizar nele primeiramente um corte em forma de Z. Já a retirada do gastrocnêmio, que simplesmente folga as fibras do músculo ligados ao tendão, pode ser suficiente para casos mais leves.
Recuperação
Depois da cirurgia, o paciente utiliza um molde com uma sola na base para permitir a caminhada e, agregando-se a fisioterapia, os pacientes devem ser capazes de andar com o molde a partir de aproximadamente uma semana, tomando o cuidado de manter o molde seco e de colocar um travesseiro sob a área do calcanhar ao se deitar. O molde é retirado depois de um mês, e uma muleta poderá ser usada se o andar do paciente não houver retornado ao normal. A fisioterapia complementar também pode ajudar o paciente a aprender a caminhar de forma correta.
Considerações
Enquanto alguns pacientes podem encontrar infecções de pele menores, a possibilidade de acidentalmente super-alongar o tendão preocupa à maioria dos médicos. O pior risco dessa complicação vem do uso do procedimento percutâneo, que afrouxa o tendão em uma forma não-controlável. O outro procedimento cirúrgico, por outro lado, permite ao cirurgião muito mais controle sobre a quantidade precisa de alongamento no tendão.