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O Império Romano, famoso por sua vasta extensão, também foi conhecido pelo seu panteão de deuses e deusas, quase idêntico ao panteão grego. Os historiadores dizem que o panteão grego surgiu primeiro, com os romanos incorporando as crenças e os deuses gregos em sua religião, da mesma forma que adquiriram novos deuses de outras civilizações que conquistaram. Apesar de os romanos terem renomeado as divindades gregas quando as incorporaram, os deuses desempenharam funções semelhantes e envolviam adoração parecida.
Tanto os romanos quanto os gregos construíram templos para homenagear seus deuses, tal como este para Atena, a deusa grega da sabedoria e guerra. Sua correspondente romana era a deusa Minerva (Jupiterimages/Photos.com/Getty Images)
Politeísmo
Tanto os gregos quanto os romanos praticavam a religião politeísta ou pagã, o que significa que eles adoravam muitos deuses ao invés de apenas um. Cada uma dessas divindades presidia algum aspecto do cotidiano das pessoas, tais como casa e lar, caça, guerra, tempestade, parto, oceanos, vinho e inferno. Em cada cultura, os deuses compreendiam uma família fragmentada e complicada cujos membros interagiam uns com os outros da mesma forma como as famílias humanas. Eles apreciavam conflitos, invejas, violência, amor, sexo e intrigas políticas.
Correspondentes
Como o panteão grego, os deuses romanos eram governados por um deus patriarcal do céu que jogava raios. Ele era conhecido como Zeus pelos gregos e Júpiter pelos romanos. O deus soberano casou-se com sua irmã, uma deusa conhecida como Hera pelos gregos e Juno pelos romanos. Juntos e com outros amantes, eles tiveram muitos filhos, que também eram divindades. Como mensageiro dos deuses, o veloz Hermes era a versão grega, renomeado de Mercúrio pelos romanos. Para o amor, os gregos adoravam a deusa Afrodite, cuja correspondente romana era Vênus. Para a guerra, os gregos reconheciam Ares, enquanto os romanos homenageavam Marte. Os deuses do mar eram Netuno em Roma e Poseidon na Grécia; em cada tradição, o deus do mar era também irmão do deus soberano. Os dois panteões tinham em comum uma dúzia de deuses e heróis míticos de natureza semelhante, mas com nomes diferentes, cujas aventuras e poderes possuíam semelhanças uns com os outros.
Épicos
Os poemas épicos gregos "Ilíada" e "Odisseia", de Homero, seguiam as aventuras de Ulisses, enquanto o poema romano "Eneida", de Virgil, contava a história de Eneias. Esses dois poemas épicos detalham as aventuras de seus heróis durante e depois da Guerra de Troia. Embora eles tenham lutado em lados opostos na guerra, tanto Ulisses quanto Eneias vaguearam pelos mares, encontrando monstros, tendo casos de amor perigosos e enfrentando os caprichos dos deuses. Em ambas as tradições, os deuses desempenhavam papeis quase iguais com os humanos, usando-os como peões para combater uns aos outros em disputas contra as divindades.
Adoração
Ambas as tradições envolviam o sacrifício de animais para homenagear, satisfazer e agradecer aos deuses. As pessoas poderiam oferecer tais sacrifícios em casa, campos de batalhas, como parte de um festival público ou cerimônia homenageando a divindade ou até mesmo em um templo exclusivamente dedicado ao deus ou deusa. Todos os casos de boa ou má sorte eram atribuídos aos prazeres ou desprazeres dos deuses, e os humanos respondiam de acordo com sacrifícios ou rituais de devoção.