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Displasia cortical é uma desordem cerebral resultante do desenvolvimento anormal dos neurônios do córtex cerebral. As anormalidades neuronais geram diversos sintomas neurológicos, que aparecem precocemente no inicio da vida. Essa é a principal causa de epilepsia na infância. O diagnóstico e tratamento das convulsões provocadas pela displasia cortical tem sido difíceis, uma vez que as porções do cérebro que são afetadas pela doença são diferentes em cada paciente.
O que é displasia cortical? (blue brain image by John Sfondilias from Fotolia.com)
Definição
Displasia cortical ocorre quando o desenvolvimento de algumas células do cérebro, chamadas neurônios, no embrião ou no feto, não chegam a atingir a massa cinzenta do cérebro, para a qual estão destinadas geneticamente. Como resultado, as áreas corticais ficam menos conexões neurais do que o apropriado para funcionar adequadamente. As áreas corticais afetadas podem ser pequenas e bem definidas ou podem incluir todo um hemisfério cerebral.
Causas
Enquanto as causas exatas da displasia cortical não foram identificadas, uma grande quantidade de pesquisas indica que a condição pode ter um forte componente genético. Muitas crianças que desenvolvem epilepsia decorrente de displasia cortical têm um histórico familiar de problemas de epilepsia e, além disso, aqueles que possuem outros membros da família que sofrem de epilepsia tendem a sofrer ataques em uma idade mais jovem.
Sintomas
Convulsão em lactentes ou crianças jovens é o sintoma mais comum de displasia cortical. A epilepsia decorrente da displasia cortical ocorre muito cedo na vida de uma criança afetada, uma vez que as anormalidades do córtex ocorrem no útero e estejam presentes no nascimento. Outros sintomas neurológicos variam de acordo com as partes do cérebro afetadas, embora outros sintomas comuns incluam retardo mental, hiperatividade, comportamento agressivo, cabeça maior que a média e reflexos profundos anormais.
Diagnóstico
A displasia cortical é uma condição difícil de ser diagnosticada, uma vez que as porções afetadas do cérebro são distintas em cada paciente. Exames neurológicos como: Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET scan ), tomografia computadorizada e ressonância magnética, são realizados para tentar detectar partes anômalas no córtex cerebral. O electroencefalograma, que utiliza eletrodos no couro cabeludo para monitorar e registrar a atividade cerebral, também é usado para identificar a localização das lesões a partir da qual se originam as convulsões.
Tratamento
O tratamento a displasia cortical é centrado em tratar e controlar as convulsões que resultantes da condição, os métodos utilizados variam em cada paciente. Anticonvulsivantes são bem sucedidos para alguns indivíduos, enquanto para outros podem gerar severas e incontroláveis convulsões, já a cirurgia para remover a parte anormal do cérebro pode ser a opção mais eficaz.