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A Idade Média, também conhecida como era medieval, ocorreu entre os anos 500 e 1500 na Europa. Durante esse período, a vida das mulheres era moldada predominantemente pelas regras sociais criadas por instituições dominadas por homens, como a Igreja e a nobreza.
Cristãos medievais viam a Virgem Maria como a mãe ideal (Photos.com/Photos.com/Getty Images)
Sistema medieval de classe
A sociedade medieval inicial dividia as pessoas em fieis, guerreiros e trabalhadores. De acordo com o historiador Shulamith Shahar, no século 12 esta divisão ficou mais detalhada. O clero foi divido em uma hierarquia com o Papa no topo e os padres paroquiais na parte de baixo. Os guerreiros eram divididos em duques, condes, cavaleiros e sargentos. Os trabalhadores consistiam em tudo, de camponeses à mendigos e ladrões. Abaixo desse sistema, as mulheres eram consideradas uma classe distinta. Ou elas eram condenadas como agentes de pecado ou presas a ideais impossíveis, como o da Virgem Maria.
Mulheres nobres
De acordo com o historiador Christopher Gravett, o dever primário de uma mulher nobre era sustentar as crianças e comandar os negócios caseiros de seu marido. Ela supervisionava as despesas da casa, entretinha os convidados e tomava conta dos empregados domésticos. Uma mulher nobre também tomava conta da propriedade quando seu marido estivesse ausente. Em tempos de guerra, ela ajudava a defender o castelo. Em seu tempo livre, ela gostava de caçar, jogar xadrez, cavalgar e ouvir músicas e histórias de viajantes contadores de histórias e cantores chamados trovadores. Muitas mulheres nobres eram altamente educadas, letradas e multi-lingues. Algumas, como a poeta do século 15 Christine de Pisan, se tornavam escritoras profissionais.
Mulheres camponesas
Camponeses eram fazendeiros que trabalhavam nas terras dos nobres. A vida de uma camponesa era cheia de trabalho pesado. Ela acordava às três da manhã e tomava um café da manhã simples, tipicamente contendo um grosso ensopado chamado guisado. Quando amanhecia, ela começava a cuidar dos pequenos animais da família, como gansos e galinhas, cuidar do jardim de legumes da família e colher bagas selvagens e ervas. Ela também fazia suas próprias ervas medicinais, lã, pano e roupa. Quando ela não estava cuidando das necessidades da família, ela estava trabalhando no castelo do senhor como uma empregada ou ajudante de cozinha.
Mulheres urbanas
As cidades medievais eram o centro de comércio, artesanato e negócios monetários. As mulheres urbanas eram as esposas, filhas e viúvas dos trabalhadores, como mercadores e artesãos. De acordo com Shahar, as mulheres eram consideradas cidadãs da cidade se elas possuíssem propriedade, casassem com um cidadão ou pertencessem a uma união de artesãos, chamada de guilda. Algumas mulheres urbanas frequentemente trabalhavam com seus pais e maridos como artesã qualificada. Outras trabalhavam em vários comércios como fiadeiras, fazedoras de bolsas, fazendo fitas, chapéus, tecendo, fazendo joias e trabalhando com ouro.
Freiras
Enquanto a Igreja Medieval proibia as mulheres de se tornarem padres, ela permitia que elas se tornassem freiras. Freiras, também chamas de "mulheres de Cristo," eram mulheres equivalentes aos monges. Como membros da ordem religiosa, elas tipicamente faziam votos de pobreza e obediência. Uma freira podia se devotar a uma vida de contemplação isolada ou ao trabalho de caridade. Freiras eram membros importantes da sociedade medieval como artistas, eruditas, místicos, ativistas, professores e enfermeiras. Muitas mulheres entravam no convento, já que era seu único jeito de escapar de uma vida de pobreza.