Contente
As linhas estruturais na arte definem a forma e direção que constroem um desenho. Mesmo com artistas extremamente conhecidos que dependiam fortemente dessas linhas, como Marcel Duchamp, os adeptos dos elementos de arte usados em análises formais geralmente ignoram a importância delas, porque não são visíveis no trabalho concluído. No entanto, essas linhas revelam como os planos se conectam para criar volume e dar dimensão à obra.
Espaço
Todas as linhas estruturais têm uma relação direta com a sensação de espaço em uma imagem. Linhas horizontais e diagonais dão a ideia de um espaço pouco profundo, enquanto linhas verticais transmitem a ideia de mais profundidade. Às vezes, o artista incorpora linhas à fase seguinte da obra, conhecidas como linhas conjuntivas. Outras vezes, elas aparecem em linhas organizacionais ou de contorno. Nesses processos, o artista pode integrar linhas de estrutura à imagem, na medida em que elas forem deixando de ser detectadas. Esboços e desenhos, no entanto — como os de Duchamp — geralmente as conservam ou as usam para criar efeitos abstratos.
Organização
Em desenhos do corpo humano, as linhas organizam a figura de acordo com as mudanças no plano, valores e volumes. As linhas curvas, que correm na vertical e horizontal e cruzam perto do nariz em um esboço inicial de um rosto, são consideradas linhas estruturais e dão profundidade ao desenho. Elas podem permanecer visíveis se o desenho for mantido como esboço, ou desaparecer se o artista adicionar outras camadas ou usá-lo como referência para um trabalho, como uma pintura, por exemplo.
Contraste
O termo 'linhas estruturais' também se refere a uma técnica comumente usada em scratchboard (pintura raspada), um papel coberto com argila. O papel é raspado com linhas, que deixam marcas brancas e lembram uma impressão ou carimbo. Artistas usam uma técnica parecida em xilogravura. Em ambos os casos, as linhas normalmente se contrastam com a tonalidade ou a cor do material, que também serve de fundo.
Análise
Dentro dos elementos de arte — linha, forma, espaço, cor e textura — as linhas estruturais se classificam como uma subcategoria. Instrutores e críticos de arte normalmente associam ou comparam estes elementos com equilíbrio, ênfase e movimento, que compõem os princípios do design. Eles ainda organizam a categoria de linhas em direções, como horizontal, vertical, horizontal e vertical combinadas e diagonais; categorias funcionais como contorno, estrutura, mecânica, de expressão, sugeridas e desfocadas; e categorias formais, como linha reta, curva, grossa ou fina.