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Desequilíbrios hormonais podem causar problemas nos processos biológicos das mulheres durante a menopausa. Como cada corpo é diferente, os efeitos desse processo de transição podem variar de pessoa a pessoa. Os hormônios desempenham funções vitais, ajudando o corpo a regular os processos de metabolismo. O metabolismo da glicose é uma das áreas afetadas pelas mudanças que acontecem nesse momento.
Processos de metabolismo da glicose podem mudar durante a menopausa (Image by Flickr.com, courtesy of Mauren Veras)
Menopausa
A menopausa marca um período de instabilidade hormonal na vida de uma mulher. Estas mudanças hormonais são partes normais do processo de envelhecimento, conforme as habilidades reprodutivas do corpo chegam ao fim. O estrogênio, a progesterona e a testosterona são os hormônios mais afetados. Estas mudanças têm impacto no equilíbrio geral do corpo, assim como a habilidade do organismo de regular e metabolizar o açúcar, ou glicose. Como essa etapa da vida pode durar de quatro a seis anos, dependendo do indivíduo, cada ano que passa pode diminuir a habilidade do corpo de metabolizar a glicose.
Desequilíbrio metabólico
Desequilíbrios metabólicos durante a menopausa aparecem em forma de ganho de peso, oscilações emocionais e flutuações de temperatura corporal. Um aumento notável de gordura na região abdominal é característico do aumento de níveis de testosterona no corpo. Mudanças no modo como o corpo metaboliza gorduras e açúcares aumentam o risco de desenvolver síndromes metabólicas. Quando sem tratamento, os desequilíbrios metabólicos podem levar a condições como doenças cardiovasculares e diabetes. A resistência à glicose, apesar de parte normal do processo, não é algo que deva ser deixado sem tratamento.
Metabolismo da glicose
A glicose é a principal fonte de energia para o corpo. O metabolismo da glicose é uma atividade celular fundamental que acontece dentro de todas as células do corpo. O açúcar se move no corpo pela corrente sanguínea e é transportado para as células por um hormônio chamado insulina. A insulina serve para metabolizar a glicose no sangue em uma forma que possa ser recebida pelas células. Cada célula tem receptores especializados que são sensíveis à insulina. Sem insulina, as células não seriam capazes de receber glicose e os níveis de açúcar no sangue aumentariam. As mudanças hormonais que ocorrem na menopausa podem alterar a sensibilidade das células à insulina e tornar mais difícil a entrada da glicose nas células do corpo.
Resistência à insulina
Desequilíbrios hormonais na menopausa geralmente vêm em forma de níveis menores de estrogênio e maiores de testosterona. Essa mudança nos níveis de estrogênio está associada com a resistência à insulina durante a menopausa. O estrogênio têm um papel ativo na regulação da resistência corporal à insulina. Como resultado, as células corporais começam a rejeitar ou resistir aos níveis disponíveis de glicose no sangue. Em certos casos, o corpo tenta compensar sua insensibilidade colocando mais insulina na corrente sanguínea. Entretanto, níveis baixos de estrogênio continuam a prejudicar as respostas celulares, assim como a habilidade do fígado de limpar o excesso de insulina. Para algumas mulheres, os níveis de estrogênio podem cair enquanto os níveis de progesterona continuam sem mudanças. Como estes dois hormônios servem para equilibrar um ao outro, níveis de progesterona descontrolados podem agravar ainda mais as condições de resistência à insulina.
Prevenção
Hábitos alimentares apropriados e exercícios regulares podem ajudar a reduzir efeitos de mudanças hormonais no corpo. Rotinas regulares de exercícios funcionam para fortalecer os processos corporais normais e promovem o equilíbrio metabólico. Dietas que incorporam alimentos não processados e não refinados, como feijões, frutas, vegetais e grãos integrais também podem ajudar a equilibrar os níveis hormonais e metabólicos. Alimentos não processados contém compostos naturais de plantas chamados fitoquímicos. Certos fitoquímicos podem realmente imitar o papel do estrogênio no corpo. Na verdade, essas substâncias podem contribuir para neutralizar o desenvolvimento de condições de resistência à glicose. Os alimentos que contêm cafeína, açúcar, álcool e gorduras pioram a capacidade do organismo de metabolizar a glicose.