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A infecção por HIV chega ao seu segundo estágio, o assintomático, seis meses depois da infecção. Durante essa fase não existe a presença de sintomas de HIV no paciente, e isso, em conjunto com a natureza não-específica dos sintomas da infecção aguda por HIV, faz com que muitas pessoas infectadas nem saibam que contraíram o vírus.
Consulte seu médico caso sinta esses sintomas (Jupiterimages/Creatas/Getty Images)
Infecção aguda
Os únicos sintomas de HIV que ocorrem antes dos primeiros seis meses são os da infecção aguda, normalmente ocorrendo de duas a quatro semanas depois da infecção inicial e com duração de até um mês, o que resulta na ausência de sintomas seis meses após a contaminação inicial.
Durante a infecção aguda o sistema imunológico lança suas defesas contra o vírus causando os sintomas da seroconversão, resultado do desenvolvimento de anticorpos. Estes incluem dor de garganta, febre, dores no corpo, dor de cabeça, inchaço nos linfonodos, cansaço, lesões na pele e problemas digestivos.
HIV assintomático
Depois que os sintomas da seroconversão vão embora, a doença entra no estágio assintomático, o mais longo. Esse estágio dura em média 10 anos, e não existe a presença de sintomas durante esse período de tempo.
Os sintomas só reaparecem quando o sistema imunológico já está extremamente enfraquecido pelo HIV durante o terceiro estágio da infecção (HIV sintomático). Esse estágio é marcado por uma doença crônica similar a gripe, com outros sintomas que incluem suores noturnos, desenvolvimento de infecções fungais, perda de peso e problemas respiratórios e cutâneos.
Exames
Os sintomas da infecção aguda por HIV são os mesmos de diversas outras infecções virais, portanto o diagnóstico preciso só é realizado por meio de exames laboratoriais.
A maioria dos exames procuram a presença de anticorpos anti-HIV, o que significa que é dependente da ocorrência da seroconversão, onde uma quantidade significativa de anticorpos é criada. Esse processo leva em média um mês após a infecção, portanto pessoas que possuem a suspeita de exposição ao HIV através de sexo sem proteção ou compartilhamento de agulhas devem realizar os exames no mínimo um mês após a possível exposição. O exame pode ser realizado de forma gratuita no CTA (Centro de Testagem e Acompanhamento) mais próximo de sua cidade.
Prevenção
A prevenção é essencial para evitar a exposição ao HIV. Preservativos devem ser usados em qualquer tipo de relação sexual, pois apesar dos casos serem mais comuns em sexo vaginal e anal, o sexo oral também causa a transmissão da doença. O preservativo feminino deve ser usado quando não for possível utilizar a versão masculina, ou também por questão de preferência. Nunca compartilhe agulhas.
Monitoramento
Os pacientes soropositivos também devem monitorar o progresso da doença com exames virais e com o exame de contagem de células CD-4, um tipo de célula afetado pela presença do HIV. Com os dados coletados nesses exames os médicos podem indicar tratamentos e cuidados com a saúde indicados para a gravidade da doença.