Contente
- Características dos eosinófilos
- Função dos eosinófilos
- Medindo o número de eosinófilos
- Níveis normais de eosinófilos
- Níveis de eosinófilos anormais
O sangue é composto de diferentes tipos de células, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Glóbulos brancos fazem parte do sistema imune do nosso corpo e servem para nos defender contra micro-organismos e outras substâncias estranhas. Existem cinco tipos diferentes de células brancas, dentre as quais o eosinófilo. Corpos saudáveis possuem um número específico de eosinófilos, sendo que valores anormais frequentemente indicam a presença de alguma doença.
Exames de sangue mostram o nível total de eosinófilos. (needle with a drop of blood image by mashe from Fotolia.com)
Características dos eosinófilos
As células são feitas de muitas estruturas, sendo as principais o núcleo e o citoplasma. O núcleo armazena a informação genética da célula e o citoplasma é a substância de fora do núcleo. Um processo chamado coloração permite identificar tipos celulares e diferenciar estruturas quando a amostra corada é examinada em um microscópio. O citoplasma dos eosinófilos contém grânulos que aparecem em vermelho-alaranjado quando corados com eosina. Em vez de serem esféricos, os núcleos dos eosinófilos são constituídos de dois lóbulos.
Função dos eosinófilos
Os eosinófilos têm um papel específico no sistema imune. Eles são particularmente eficientes em destruir substâncias estranhas que podem aparecer no corpo como resultado de infecções por parasitas. Os eosinófilos também servem para estimular a inflamação. A inflamação não é necessariamente algo ruim, é o caminho natural do corpo para isolar e controlar o local de uma doença. Infelizmente, a inflamação também pode causar danos aos tecidos corporais. Consequentemente, além de examinarem o sangue, os médicos também coram e examinam os tecidos inflamados para procurar eosinófilos a fim de determinarem a causa da inflamação.
Medindo o número de eosinófilos
Um hemograma completo é um exame de sangue que determina o número de várias células no sangue, incluindo os eosinófilos. Os valores obtidos podem ser relativos ou absolutos. Um valor relativo é o número de eosinófilos presentes para cada 100 glóbulos brancos contados e é mostrado como uma porcentagem. Os níveis absolutos de eosinófilos são determinados multiplicando o valor relativo pela contagem total de glóbulos brancos. De acordo com David Zwick, M.D. do "Children's Mercy Hospitals and Clinics", se basear em porcentagens em vez dos valores absolutos pode resultar em má interpretação das anormalidades e, por isso, muitos laboratórios mostram ambos os valores.
Níveis normais de eosinófilos
De acordo com o manual Merck, um valor de 1 a 4 % de eosinófilos é considerado um valor normal e um valor de 50 a 400 eosinófilos pro milímetro cúbico de sangue é também um valor normal. No seu livro chamado "Blood Cells: A Practical Guide", Barbara J. Bain, professora de hematologia diagnóstica no "Imperial College" em Londres, afirma que os níveis absolutos de eosinófilos são os mesmos para homens e mulheres, assim como entre grupos étnicos diferentes. Os valores de eosinófilos são maiores em recém-nascidos que em adultos e há uma diminuição desses níveis na velhice.
Níveis de eosinófilos anormais
Eosinofilia é o termo usado para descrever níveis anormalmente altos de eosinófilos. Infecções intestinais por parasitas, como aquelas causadas por lombrigas e tênias, certos tipos de leucemia, doenças autoimunes como lúpus, alergia e asma são as condições associadas a esses valores mais altos. De acordo com o "National Institutes of Health", medicamentos como as anfetaminas, laxantes contendo psyllium, alguns antibióticos, interferon e tranquilizantes podem causar eosinofilia. Eles também afirmam que níveis de eosinófilos mais baixos que o normal podem ser resultado de intoxicações por álcool e pela presença de muito cortisol (um hormônio produzido nas glândulas adrenais) no organismo.