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Na sociedade feudal, nobres locais ou senhores de guerra governavam pequenos territórios chamados feudos, concedidos a eles por outros nobres mais poderosos em troca de serviço militar. As sociedades feudais eram militares, descentralizadas e hierárquicas. O feudalismo era a estrutura política primária na Europa e no Japão medievais, e alguns aspectos feudais também podiam ser encontrados na China antiga.
As fantasias cavalheirescas carregam pouca semelhança com a realidade da vida medieval (Hemera Technologies/PhotoObjects.net/Getty Images)
Desigualdade feudal
A desigualdade foi criada na estrutura da sociedade feudal europeia, a qual era organizada como pirâmide tendo o rei no topo. Abaixo dele estavam nobres menos poderosos que controlavam regiões inteiras e, abaixo deles, estavam nobres menos poderosos e cavaleiros que governavam pequenos feudos. A grande maioria das pessoas era fazendeiros camponeses que viviam a serviço dos senhores, mas alguns eram artesãos ou mercadores que viviam em vilas ou pequenas cidades, e o relacionamento entre homens e mulheres seguia o mesmo padrão hierárquico.
Casamento e lar
A maioria das mulheres na Europa feudal se casava, embora algumas se tornavam freiras. Os casamentos entre famílias nobres eram arranjados por razões políticas, portanto mulheres nobres tinham poucas chances de se casar por amor. As mulheres de status mais comum tinham mais liberdade para escolher seus maridos dos que as aristocratas. Na teoria, as mulheres eram legalmente requeridas a obedecerem às ordens de seus maridos e podiam apanhar se desobedecessem. Na prática, a natureza do relacionamento entre marido e esposa dependia mais da habilidade de cooperar e se darem bem juntos do que as leis que mandavam os homens dominarem-nas. A maioria das mulheres, assim como os homens, era camponesa ou artesã. O "Boke of Husbandrie" (em tradução livre: Livro do Casamento), de Anthony Fitzherbert e publicado em 1500, aconselhava mulheres a darem a seus maridos explicações honestas de todas suas transações de negócios -- e aconselhava aos maridos a serem igualmente honestos com elas.
Mulheres nobres
As mulheres nobres casadas na Europa medieval não precisavam passar todo o tempo em casa. Muitas delas desempenhavam funções na vida pública, mesmo em áreas teoricamente proibidas por lei. Apesar da falta de liberdade em escolher um parceiro, a mulher aristocrata detinha alguns privilégios legais e econômicos por causa de seu status e, muitas vezes, governava seus territórios na ausência do marido, ou se o filho não tivesse idade apropriada para governar. Essas mulheres em algumas regiões, como o sul da França, também patrocinavam poetas vagantes, chamados de trovadores, que promoviam um conceito idealizado de romance entre cavaleiros e damas conhecido como "amor cortês". As músicas e as histórias dos trovadores inspiraram o conceito moderno e romantizado do cavalheirismo.
Mulheres feudais no Japão e na China
O feudalismo no Japão e na China era um tanto diferente do feudalismo na Europa. As japonesas das classes de samurais e guerreiros eram treinadas para usar armas, diferente das europeias. No entanto, uma mulher samurai deveria servir seu marido com a mesma devoção que servia seu senhor. Na China feudal, as mulheres estudadas deveriam conhecer os quatro textos de Confúcio, os Quatro Livros, os quais ensinavam as "três submissões": ao pai antes do casamento, ao marido durante o casamento e ao filho após a morte do marido.