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Os incas, maias e astecas estavam entre os mais avançados povos mesoamericanos que viveram entre os tempos bíblicos e o final da Idade Média. Ocupando as montanhas orientais da América do Sul, a península de Iucatã e o centro do México, respectivamente, essas tribos não eram apenas capazes de forjar impérios para si mesmas em uma área brutal do globo como eram também capazes de implementar fortes sistemas de governo para manter esses impérios por prolongados períodos.
Machu Pichu, cidade inca, no atual Peru (Jupiterimages/Photos.com/Getty Images)
Linha do tempo e geografia
Apesar de serem frequentemente agrupadas juntas e compartilhando várias semelhanças culturais, as civilizações dos incas, astecas e maias não dividiram as mesmas eras. Os maias foram os primeiros. As provas da civilização maia datam de 2600 a.C. aproximadamente e ela floresceu por milhares de anos até que um colapso não explicado ocorreu entre os anos 600 e 900. Os astecas chegaram ao México por volta de 200 anos depois e tornaram-se uma tribo nômade que andava pela região procurando um lugar para estabelecer-se antes de fundar Tenochtitlán em 1325. Bem mais ao sul, no atual Peru, a tribo inca surgiu nas montanhas dos Andes por volta de 400 a.C. Os incas viveram até 1525, quando uma guerra civil enfraqueceu o império, seguida de uma invasão paralisante da Europa.
Governo maia
O governo dos primeiros maias era parecido com o dos antigos gregos. Ambas as civilizações usavam redes de cidades-estado semi-autônomas para governar sobre o reino. Cada cidade estado era governada por uma família nobre que era supostamente descendente dos Heróis Gêmeos que, na lenda maia, venceram os Senhores da Morte no Mundo Subterrâneo e se tornaram o Sol e a Lua. Essas famílias nobres elegiam conselhos para reforçar as leis, ajudavam com a administração do governo e agiam como juízes. Apesar de as cidades-estado serem autônomas, a forte cultura dos maias manteve os estados unidos como um império. Este possuía um código central de regras e leis que governava cada uma das cidades-estado.
Governo asteca
Embora o império asteca tenha sido inicialmente governado por um imperador central que supervisionava o seu domínio da capital de Tenochtitlán, à medida em que o império se expandia, isso deixou de ser possível. Quando isso ocorreu, o império asteca começou a seguir a estrutura maia de cidades-estado semi-autônomas dirigidas por famílias nobres. Diferentemente dos maias, no entanto, as famílias nobres deviam agir como meras cuidadoras, protegendo os interesses do imperador dentro da cidade. Mas, na prática, elas desfrutavam de muito mais poder. Semelhantemente aos maias, os astecas tinham um código de leis centralizado. Essas leis eram brutais e o judiciário asteca era propenso a distribuir punição rigorosa para ofensas relativamente menores. Por exemplo, a punição para bebedeira era a morte.
Governo inca
O governo inca era conduzido diferentemente do maia e do asteca. Sapa Inca, o supremo governante do povo inca, ficava no comando. Só ele era responsável por toda a criação de leis e as decisões políticas. Todos os outros membros do governo eram meros oficiais que ajudavam a administrar os comandos de Sapa Inca. Abaixo dele, estava o supremo conselho de quatro oficiais e abaixo deste estavam os governadores das províncias que administravam o poder nas cidades e regiões fora da capital, Cusco. Depois, vinham os oficiais, como sacerdotes, oficiais militares e juízes e, abaixo destes, estavam os coletores de impostos. Quando era criada uma nova lei, os coletores de impostos espalhavam essa informação por todo o império.