Contente
- Introdução
- Nascimento
- Telenovela
- Dublagem
- Teatro
- Cinema
- Minissérie
- Prêmios
- Apresentador de TV
- Família
- Vida pessoal
Introdução
Um dos mais importantes atores da teledramaturgia brasileira, Lima Duarte anda distante das telas. Octogenário, Ariclenes Venâncio Martins interpretou diversos personagens famosos em produções da Rede Globo, como o Zeca Diabo, de "O Bem-Amado" (1973), o Sinhozinho Malta, de "Roque Santeiro", (1985) e Sassá Mutema, de "O Salvador da Pátria" (1989). Ele também deu vida a Afonso Lambertini, de "Da Cor do Pecado" (2004) e ao brâmane Shankar, em "Caminho das Índias".
TV Globo / Bob Paulino Guardar
Nascimento
Lima Duarte nasceu em 29 de março de 1930 no povoado mineiro de Nossa Senhora da Purificação do Desemboque e do Sagrado Sacramento. Seu pai era boiadeiro e sua mãe era artista de circo. Ele foi para São Paulo aos 16 anos de idade de carona em um caminhão que levava mangas e começou trabalhando no rádio, mas sem uma função definida, era o famoso faz-tudo. Com o tempo, tornou-se sonoplasta e depois radioator, e foi então que definiu seu nome artístico, escolhido pela mãe, que era espírita e sugeriu o nome de seu guia.
TV Globo / Kiko Cabral GuardarTelenovela
O ator participou da primeira telenovela brasileira, "Sua Vida me Pertence" (1951), transmitida pela extinta TV Tupi. Ele foi contratado como diretor pela Rede Globo devido a sua experiência na função em duas novelas de grande sucesso: "O Direito de Nascer" (1964) e "Beto Rockfeller" (1968). Sua primeira atuação na Rede Globo foi em "O Bem Amado" (1973), de Dias Gomes, e no mesmo ano atuou em dois telefilmes da emissora, "O Duelo" e "O Capote". Ele também esteve no elenco de "A Indomada" e "Pecado Capital", respectivamente em 1997 e 1998. Em 2003, atuou no programa infantil "Sítio do Picapau Amarelo".
Reprodução Hanna-Barbera Productions Guardar
Dublagem
Na televisão, o ator também trabalhou como dublador de desenhos animados americanos da empresa Hanna-Barbera. Ele dublou o malandro gato Manda-Chuva no desenho homônimo, além de fazer a segunda voz de Espeto, amigo do personagem principal. Ele também emprestou sua voz ao esperto jacaré Wally Gator, a Alfie Gator, em "Patinho Duque", e a Dum Dum, companheiro inseparável da tartaruga Touché. Lima Duarte também dublou o Capitão Matt Holbrook em "Robert Taylor o Detetive" e Hans Beckert, em "M - O Vampiro de Dusseldorf".
TV Globo / João Miguel Júnior GuardarTeatro
A carreira teatral de Lima Duarte não é tão vasta quanto suas aparições nas telenovelas. O ator esteve em poucas peças teatrais ao longo da vida. A primeira delas, em 1961, foi "O Testamento do Cangaceiro", e no mesmo ano ele esteve no elenco da peça "Os Fuzis da Senhora Carrar", do teatrólogo alemão Bertolt Brecht, sobre a Guerra Civil Espanhola. Além de atuar em "Hamlet", também esteve nas peças "Arena Conta Zumbi" (1966) e "Bonifácio Bilhões" (1975), escrita e dirigida por João Bethencourt (1924-2006) e centrada em diferentes personagens e seus ideais políticos.
Globo/Zé Paulo Cardeal Guardar
Cinema
Antes de começar nas novelas, Lima Duarte atuou no filme "Quase no Céu" (1949), escrito e dirigido por Oduvaldo Vianna. Ele também esteve no elenco de "O Crime do Zé Bigorna" (1977) e "Sargento Getúlio" (1983). No ano 2000, ele integrou "Eu Tu Eles" e "O Auto da Compadecida". Posteriormente, participou do biográfico "2 Filhos de Francisco" (2005) e do criminal "Assalto ao Banco Central" (2011). Em 2012, estrelou a comédia sobre a Síndrome de Down "Colegas". O ator também está no elenco do drama "Deserto", de Guilherme Weber, e do romance biográfico "Beija - O Filme".
TV Globo / João Miguel Júnior GuardarMinissérie
Lima Duarte atuou em algumas minisséries da Rede Globo. A primeira foi em "O Tempo e o Vento" (1985), como o General Rafael Pinto Bandeira. No mesmo ano ele participou de "Tenda dos Milagres ", quando fez o papel de um contador de milagres. Em 1992, ele atuou em "Giras e Pirosas" e, no ano seguinte, foi oTurco Velho em "Agosto". Em 1995, esteve no elenco da polêmica minissérie "Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados". O ator interpretou também o bispo de "O Auto da Compadecida" em 1999 e foi o Conde dos Arcos em "O Quinto dos Infernos", exibida em 2002.
Globo/Zé Paulo Cardeal GuardarPrêmios
Depois de atuar em mais de 80 produções audiovisuais, Lima Duarte já recebeu vários prêmios, sendo o primeiro deles o extinto Troféu Roquette Pinto, em 1953, como melhor ator de televisão. Ele ainda foi indicado ao prêmio de melhor ator no Festival de Veneza em 2000 por "Palavra e Utopia". Já o Festival de Gramado de 2004 o premiou pelo conjunto de sua obra no cinema e, no ano seguinte, o ator recebeu o Prêmio Contigo de melhor ator coadjuvante pela novela "Da Cor do Pecado". Em 2013, o ator foi premiado no Festival de Gramado pelos 30 anos de "Sargento Getúlio"
Fabio Knoll|Divulgação GuardarApresentador de TV
A partir de 1984, Lima Duarte passou a apresentar o "Som Brasil", um dos mais importantes programas musicais da televisão brasileira, exibido pela Rede Globo. Ele substituiu Rolando Boldrin no papel de apresentador e ficou quatro anos à frente da produção. Essa experiência foi o pontapé para a criação de seu principal personagem da teledramaturgia, o Sinhozinho Malta, da novela "Roque Santeiro", exibida pela emissoa carioca em 1985. "Foi fazendo 'Som Brasil' que eu elaborei o Sinhozinho Malta", revelou o ator em entrevista ao programa "Vídeo Show", em comemoração aos 30 anos de existência do programa musical.
TV Globo / João Miguel Júnior GuardarFamília
Lima Duarte se casou e separou cinco vezes. Ele é pai de Mônica, Pedro e Júlia, além de padrasto da atriz Débora Duarte, mãe da também atriz Paloma Duarte. O ator está solteiro e prefere viver sozinho em seu sítio no interior de São Paulo. Onde mora, ele prefere caminhar pelo mato, ler, ouvir música, assistir a filmes e beber vinho ao invés de navegar na internet, que chama de "ditadura dos botões". "Tenho uma vida simples. O que ganho é para os filhos, afinal vai ficar tudo para eles", revelou Lima Duarte em entrevista ao site UOL.
TV Globo / Zé Paulo Cardeal GuardarVida pessoal
Lima Duarte se considera chato e exigente. Em entrevista ao site UOL, o ator confessou que é uma pessoa difícil de se conviver. Ele também é muito crítico aos colegas de profissão e à Rede Globo. O ator guarda em seu apartamento de São Paulo uma infinidade de relíquias acumuladas ao longo de sua carreira, como fotos e discos, além de alguns filmes antigos. Sobre a atual fase da vida ele diz que não é como mostram nos filmes. "A velhice é uma barra, uma devastação mesmo... É o fim da vida".