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Ao longo da história, a educação na Alemanha tem influenciado a educação por todo o mundo. O jardim de infância, uma invenção alemã, orientou teorias e práticas sobre a educação infantil primária. Apesar de sua influência, entretanto, o sistema de universidades na Alemanha lutou para se integrar com o sistema de graduação baseado em créditos empregado quase universalmente.
Alunos do jardim de infância (girls in kindergarten image by Pavel Losevsky from Fotolia.com)
Origens
O movimento de educar as massas populacionais começou com Martin Luther (1483-1546), que defendeu o ensino de modo que todos se tornassem aptos a ler, estudar e compreender a Bíblia. Com a ajuda da denominação luterana, esta tendência da educação se difundiu pela Alemanha.
Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827) estabeleceu os fundamentos de muitas das teorias pedagógicas atuais por todo o mundo. Foram suas teorias que inspiraram Friedrich Froebel (1772-1852) a inventar o jardim de infância, que atualmente é comum nos sistemas educacionais de diversos países.
Padrões
O Reino da Prússia criou a prática da educação primária livre e obrigatória na Europa e espalhou para o mundo. O modelo de ensino de oito anos baseado em leitura, escrita, aritmética, ética e obediência era chamado de "Volksschule" (do alemão "escola do povo").
Certificação estatal e normas para o ensino foram implementadas em 1810. O "Abitur", um exame final aplicado ao final do período escolar, começou em 1788 e foi implementado em todos os colégios de segundo grau da Prússia até 1812. Em 1871, o "Abitur" já era utilizado em todos os estados alemães.
Tipos
A formação do Império Alemão em 1871 ajudou a centralizar a educação. Quando a Primeira Guerra Mundial acabou, a República de Weimar desenvolveu um sistema de ensino básico chamado "Grundschule". Após quatro anos no "Grundschule", os alunos podiam pagar uma pequena taxa e avançar para o ensino médio, ou "Mittelschule".
Quatro tipos de ensino de segundo grau foram desenvolvidos. Apesar de todos serem considerados iguais, o Ginásio era o mais respeitado e podia levar ao ensino superior. O "Realgymnasium" também levava à universidade, mas apresentava um maior foco em ciências e matemática. O "Realschule" durava seis anos e treinava os alunos para indústria, escritório e serviços técnicos. O "Oberrealschule" dispensava as línguas clássicas e focava em linguagem moderna, ciências e matemática.
Títulos
O "Abitur" é composto de exame oral e escrito, realizado ao final do Ginásio e utilizado para entrar na universidade. Nos anos 1960, apenas 10% dos estudantes tinham acesso ao ensino superior; na virada para o século XXI, mais de 30% passaram a frequentar as universidades.
Antes, o ensino superior levava a um diploma chamado "Diploma de Magistrado", mas a Declaração de Bolonha incentivou a integração ao sistema internacional de créditos que leva a um diploma de Bacharel ou Graduado desde 2001.
Alternativas
A cultura alemã apresenta um belo histórico de população instruída. Mesmo nos anos 1950, apenas 20% dos estudantes levavam mais de 7 ou 8 anos para concluir seus estudos. Em vez do ensino do segundo grau, frequentavam cursos particulares para profissionalização em um ofício, o que é chamado hoje em dia de "Ausbilder". Apesar de não ser um ensino tradicional, é uma oferta educacional capaz de proporcionar alta capacitação em uma profissão.