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O tratamento de testosterona aquosa (ou testosterona suspensa) é utilizado para tratar hipogonadismo e para melhora de performance esportiva em atletas de forma ilegal. A dosagem e duração da administração irá variar dependendo do objetivo do tratamento, e de quais outras medicações estão sendo tomadas simultaneamente, já que a testosterona pode causar efeitos colaterais problemáticos.
Consulte seu médico antes de qualquer tipo de tratamento (Creatas Images/Creatas/Getty Images)
Identificação
A testosterona é um hormônio que é produzido naturalmente nos testículos masculinos, e também em quantidades menores pelos ovários femininos e glândulas adrenais em ambos os sexos. A testosterona causa mudanças no corpo masculino durante a puberdade, aumenta a massa muscular e promove crescimento e aumento de densidade nos ossos. A testosterona aquosa é uma versão sintética da molécula natural, suspensa em água. Os usuários precisam injetar a droga no tecido muscular, preferencialmente em grandes músculos como os glúteos (nádegas) ou na lateral da coxa (um dos músculos do grupo dos quadríceps).
Tratamento
De acordo com o site drugs.com, a FDA - Federal Food and Drug Administration (Setor de administração de alimentos e medicações dos EUA) aprovou o tratamento de testosterona aquosa para casos em que a produção natural é baixa (hipogonadismo). O uso de testosterona é indicado para adolescentes que sofrem com o atraso do início da puberdade, homens com a síndrome de Klinefeter e hipogonadismo que resulta de lesões, doenças ou quimioterapia.
De acordo com o Dr. Wayne G. Hellstrom da Universidade de Formação Médica de Tulane, homens que passam pela terapia de substituição de hormônios também podem receber testosterona, e a dose é determinada de acordo com o método de entrega do hormônio. Drugs.com lista doses de 2,5 mg por dia para aplicação transdermal e o Dr. Hellstrom lista doses entre 50 e 400 mg a cada duas ou três semanas em caso de injeções. Pacientes com hipogonadismo podem receber testosterona por tempo indeterminado.
Uso esportivo
De acordo com o site bodybuilding.com, atletas e fisiculturistas utilizam o tratamento com testosterona aquosa de forma ilícita para ganhar musculatura, acelerar a recuperação de treinos pesados e aumentar a força, a fim de melhorar sua performance atlética. Como a testosterona aquosa tem efeitos rápidos em um curto período de tempo, o site indica que os usuários costumam injetar doses de até 100 mg por dia.
Ciclo
Para usuários ilícitos, o bodybuilding.com recomenda dosagens de 50 a 100 mg diários, por um período entre 8 e 12 semanas. O website também reporta que usuários normalmente utilizam anabolizantes para gerenciar alguns efeitos colaterais do tratamento com testosterona. Essas drogas podem incluir de 30 a 40 mg diários de anti-estrógenos (como medicações para câncer de mama) ou bloqueadores de aromatase, que impedem que o organismo converta o excesso de testosterona em estrogênio.
Além disso, o site indica que o excesso de testosterona de origem externa no organismo irá reduzir a produção natural, obrigando o paciente a realizar um tratamento com o hormônio gonadotrofina coriônica humana (HCG) para recomeçar a produção de testosterona. A dose recomendada de HCG é de 3000 a 5000 Unidades Internacionais (IU's) a cada 5 ou 6 dias, começando durante as ultimas duas semanas do tratamento de testosterona aquosa.
Combinação com outras drogas
De acordo com o bodybuilding.com, muitos fisiculturistas e atletas decidem combinar a testosterona aquosa com outro tipo de esteroide para alcançar maiores resultados. Para um maior ganho de músculo, os atletas podem injetar nandrolona (Deca-Durabolin) em doses de 300 a 400 mg por semana, enquanto os que buscam o ganho de massa magra e prevenir a retenção de líquidos podem tomar boldenona (Equipoise), também em doses de 300 a 400 mg semanais.
Efeitos colaterais
A FDA classificou a testosterona como uma droga de categoria Pregnancy Category X, o que significa que pode causar defeitos no nascimento em fetos em desenvolvimento no útero, e indica que mulheres grávidas não devem consumir o hormônio.
De acordo com o site drugs.com, a testosterona também pode causar o desenvolvimento de características masculinas, especialmente em mulheres. Estas incluem voz mais grave, hirsutismo, acne, pele oleosa, alteração na libido, ginecomastia (seios) em homens, a interrupção do ciclo menstrual e inchaço no clitóris nas mulheres.
Adicionalmente, o drugs.com indica que a testosterona pode alterar o colesterol do sangue, podendo causar pressão arterial elevada e doenças coronárias ou circulatórias. Usuários também podem passar por reações alérgicas que incluem náusea, febre, vômito, câimbras musculares, dores de cabeça e efeitos psicológicos que podem variar de agressão e irritabilidade até falta de disposição, depressão e paranoia.